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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Curso de Filosofia Indiana com Sua Graça Lokasaksi Prabhu em BH


Gostaríamos de contar com a sua presença em mais um fim de semana especial no Templo Hare Krishna de Belo Horizonte. Neste próximo Sábado, dia 28 de Maio de 2011, vamos receber mais uma vez um dos maiores intelectuais da Sociedade Internacional Para a Consciência de Krishna, SG Lokasaksi Prabhu!

Discípulo direto do nosso mestre espiritual fundador, Srila Prabhupada, Lokasaksi prabhu, que é um dos pioneiros da ISKCON no Brasil, professor de Filosofia, Ética e Religiões Comparadas, doutorando na área, presidente da Fundação Bhaktivedanta, é o convidado do Curso de Filosofia Védica, que acontece quinzenalmente no Templo. Das 8h30 às 17h00, Lokasaksi prabhu falará os famosos capítulos 10 e 11 da Bhagavad-Gita, jóias do conhecimento transcendental. Para os não matriculados, o curso avulso custa R$25, sendo a renda toda revertida para a manutenção do mesmo, vinda de convidados e materiais.

E no Domingo, Festival Gratuito! Contamos contigo para um festival especial, com a presença ilustre de Lokasaksi prabhu, às 18h00! Não perca! Em sua última passagem por BH, todos saíram impressionados e constatando que não exageramos.

Local:
Templo Hare Krishna de Belo Horizonte
Rua Ametista, 212, Prado
Fone: (31) 3337-7645
E-mail: bh.harekrishna@gmail.com

Fontes: Facebook ISKCON BH


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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Evidência de Guerra Atômica e Tecnologia Nuclear na Índia Antiga


Uma pesada camada de cinza radioativa em Rajasthan, na Índia, cobre um área de 5 kms quadrados, a 16 quilômetros oeste de Jodhpur.  Os cientistas estão investigando o local, onde um projeto habitacional está sendo desenvolvido.

Por algum tempo tem se notado que há um grande percentual de defeitos de nascença e câncer nesta área.  Os níveis de radiação registrados têm sido tão altos nos instrumentos dos investigadores, que o governo indiano isolou a região.

Os cientistas escavaram uma cidade antiga, onde a evidência mostra que uma explosão atômica datada de milhares de anos atrás (de 8.000 a 12.000 anos), destruíu a maior parte dos prédios e provavelmente meio milhão de pessoas morreram.  Um pesquisador estima que foi usada uma bomba nuclear do tamanho das usadas no Japão em 1945.

O Mahabharata,  um dos mais épicos textos clássicos da Índia, claramente descreve uma explosão catastrófica que abalou o continente:

"Um único projétil, carregado com toda a força do Universo. Uma coluna incandescente de fumaça e uma chama tão clara quanto 10.000 sóis, apareceu em todo seu esplendor, era uma arma desconhecida, um trovão de ferro, um mensageiro gigantesco da morte, o qual reduziu às cinzas uma raça inteira.

Os corpos estavam tão queimados que ficaram irreconhecíveis.  Suas mãos e unhas caíram, os vasos estavam quebrados sem qualquer causa aparente, os pássaros se tornaram brancos.

Após algumas horas, os alimentos ficaram infectados.  Para escapar deste fogo, os soldados se jogaram no rio."

O historiador Kisari Mohan Ganguli diz que os escritos sagrados indianos são cheios de tais descrições, as quais se assemelham às explosões atômicas de Hiroshima e Nagasaki.  Ele diz que as referências mencionam sobre charretes batalhando nos céus e armamentos de exterminação.  Uma batalha antiga é descrita no Drona Parva, uma seção do Mahabharata.

O trecho fala sobre um combate onde a explosão de armamentos de exterminação dezimam exércitos inteiros, arrastando uma multidão de guerreiros com seus cavalos, elefantes e armamentos para bem longe, como se fossem folhas secas, diz Ganguli.

Ao invés de nuvens na forma de cogumelos, o escritor descreve uma explosão perpendicular com nuvens de fumaça abrindo como um guarda-sol gigantesco.  Há comentários sobre a contaminação dos alimentos e do cabelo das pessoas caindo, relata Ganguli.

O arqueólogo Francis Taylor diz que entalhes em alguns dos Templos da região, que ele conseguiu traduzir, sugerem que eles rezavam para serem poupados da grande luz que estava vindo para destruir a cidade.

Muito fascinante imaginar que alguma civilização possuía tecnologia nuclear antes de nós.  A cinza radioativa adiciona credibilidade para os relatos indianos antigos que descrevem uma guerra atômica, diz Taylor.

A construção do projeto de habitação no local foi paralisado enquanto os cinco membros da equipe conduzem suas investigações.  O líder do projeto é Lee Hundley, que foi pioneiro na investigação após o alto nível de radiação descoberto.

Há uma evidência de que o Império Rama (a Índia de hoje) foi devastado por uma guerra nuclear.  O Vale Indus, agora o deserto de Thar, e o local de cinza radioativa encontrado ao oeste de Jodhpur fica naquela região.

Até o bombardeamento de Hiroshima e Nagasaki, o homem moderno não poderia imaginar qualquer armamento tão horrível e devastador quanto aqueles descritos nos textos indianos antigos.  Porém, estes textos descrevem precisamente os efeitos de uma explosão atômica.


Quando as escavações de Harappa e Mohenjo-Daro alcançaram o nível das ruas, eles descobriram esqueletos espalhados pelas cidade, muitos dando as mãos e espalhando-se pelas ruas como se em algum instante, algo horrível tivesse acontecido.  As pessoas estavam deitadas, não enterradas, nas ruas da cidade.  Os esqueletos datavam de milhares de anos atrás.


O que poderia ter causado tal coisa?  Por que os corpos não se decompuseram ou foram comidos pelos animais selvagens?  Além disso, não há qualquer causa aparente de morte causada por algo fisicamente violento.

Estes esqueletos estão entre os mais radioativos já encontrados, equiparados aos encontrados em Hiroshima e Hagasaki.  Em um local, pesquisadores soviéticos encontraram um esqueleto que tinha um nível radioativo de 50 vezes mais alto que o normal.  Outras cidades têm sido encontradas no norte da Índia, as quais possuem indicações de explosões de grande magnitude.  Uma dessas cidades, encontrada entre o rio Ganges e as montanhas de Rajmahal, parece ter sido sujeita a um calor intenso. Grandes massas de argila das paredes, muros e fundações desta cidade antiga estão fundidas, devido ao intenso calor que foram submetidas.  Estas estruturas estão literalmente vitrificadas.  E já que não há evidência de uma erupção vulcânica em Mohenjo-Daro ou outras cidades, o calor intenso necessário para derreter a argila, somente pode ser explicado por uma explosão atômica ou alguma outra arma desconhecida.  As cidades foram completamente destruídas.

Os esqueletos foram datados de 2500 AC.  Devemos mencionar que foi utilizado o método de carbono para esta determinação e este método mede a quantidade de radiação deixada no objeto.  Quando explosões atômicas ocorreram na área onde o objeto se encontra, fez com que estes pareçam muito mais jovens.

O cientista chefe do Projeto Manhattan, o Dr. J. Robert Oppenheimer, conhecia os textos da antiga literatura Sânscrita. Em uma entrevista, 7 anos após o teste nuclear de Almagordo, ele declarou que Cidades Antigas cujos tijolos e muros de pedra foram literalmente vitrificados, ou seja, fundidos, podem ser encontradas na Índia, Irlanda, Escócia, França, Turquia e outros países.  Não há explicação lógica para a vitrificação de fortes e cidades de pedras, exceto que ocorreu devido à uma explosão nuclear.

Ainda temos muito o que aprender sobre a história da raça humana, e desconfiamos que quando realmente tivermos todos os dados agregados, descobriremos que a nossa história, como a conhecemos hoje, terá que ser completamente reescrita.

Mais  uma  evidência de que os  fatos narrados nas Escrituras Védicas não são lendas, ficção, nem  são  simbólicos. Como nós sabemos, são bem reais. Aconteceram!

Fontes: fórum Krishna-katha; veda.wikidot.com
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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Cenas Hare Krishna no filme "Palavras de Amor"


No filme: "Palavras de Amor", do título original em inglês: "Bee Season", com o ator Richard Geere, drama, ano 2005, um dos personagens é o jovem filho do casal, que embora Judeu, resolve se tornar um Hare Krishna. A história central não é o Movimento Hare Krishna, mas tem cenas bem interessantes onde aparece Srila Prabhupada(um dos momentos mais emocionantes do filme), os devotos em Kirtana, o garoto cantando o Maha-Mantra Hare Krishna e mais algumas cenas.

Os produtores do filme consultaram com membros da ISKCON(Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna) em Berkeley, Califórnia, e realizaram várias cenas de práticas dos devotos, como serviço de adoração à Krishna.

A ISKCON apreciou os esforços sinceros em retratar o Movimento Hare Krishna. Mas, ao mesmo tempo ficaram preocupados, pois observadores dos meios de comunicação poderiam tirar conclusões errôneas com relação as ações de Aaron no filme.

No filme Aaron engana seus pais e permanece no Templo. Na realidade a ISKCON é muito rígida com relação a esse assunto. Ela exige o consentimento dos pais dos menores de idade antes de permanecer em algum Templo.

Nem todas as características dos devotos retratadas no filme são reais. Hoje a maioria dos devotos não vivem mais como monges e freiras dentro de Templos. Eles vivem com suas famílias, trabalham e se educam na comunidade geral, praticando a Consciência de Krishna em seus lares e realizando seviços regulares no Templo.

O filme "Bee Season" levanta perguntas importantes sobre obrigação da família, escolha pessoal, controle, entendimento, aceitação e pluralismo religioso. O filme examina duas tradições religiosas: Kaballah e o Movimento Hare Krishna.

Esperamos que a audiência aprecie a complexidade destas perguntas, e aproveitem a oportunidade de aprender mais sobre tradições religiosas.

Vale a pena conferir.

Fontes: Hare Krishna Hoje
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sexta-feira, 20 de maio de 2011

BBT Brasil lança novo site


Isso mesmo. O site da Bhaktivedanta Book Trust (BBT) do Brasil já está no ar e de cara nova.

No novo site podem ser encontradas, além de informações sobre a instituição em nosso País e no mundo, diversas opções de entretenimento como música, filmes, documentários, literatura, meio ambiente e muito mais.

Junto com o site, a BBT lançou também uma rádio online dinâmica, profissional e de nível internacional, a RK 108, que funcionará, nesse primeiro momento, em caráter experimental, diariamente das 9h às 12h.

Navegue pelo mundo da BBT, acesse: www.bbt.org.br

Fundada em 1972 em Los Angeles, Estados Unidos, a BBT foi criada para publicação dos livros de A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, responsável por trazer para o Ocidente o grande acervo de conhecimento védico. Em pouco mais de duas décadas, é considerada a maior editora e distribuidora de livros sobre filosofia, religião e cultura védica no mundo inteiro. A BBT oferece livros clássicos da Índia traduzidos para idiomas tão diversos como o português, hebraico, russo e japonês. No Brasil, a BBT começou seus trabalhos, em 1975, com a publicação da revista Volta ao Supremo. Já nas primeiras edições a revista alcançava tiragens médias de 100 mil exemplares, sendo uma das pioneiras no Brasil a atingir essa marca. Ainda no Brasil, o primeiro livro impresso foi Além do Nascimento e da Morte e, pouco tempo depois, a BBT Brasil lançou o Bhagavad-gita Como Ele É.

Bhaktin Edinete Mello 

Fontes: ISKCON Bahia
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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Construa a Paz em 2012

(Clique na imagem para ampliar)

A Comissão de Bioética, Biotecnologia e Biodireito da OAB-BA e a UNISOES promovem, a partir do mês de maio, em Salvador, Bahia, o Seminário "Use seu poder para construir a paz em 2012".

A abertura do evento será no dia 18 de Maio, das 18h30 às 21h00, e contará com a presença da médica e fundadora da Clínica Gênese, Dra. Bela Zausner, que falará sobre "Reprodução Assistida e o Direito de ser mãe".

O pesquisador da Fiocruz-BA e coordenador de Pesquisa do Centro de Biotecnologia e Terapia Celular do Hospital São Rafael, Dr. Ricardo Ribeiro do Santos, falará, no dia 13 de Agosto, das 14h00 às 17h30, sobre "Pesquisas em Seres Humanos e Terapias com Células-Tronco".

Ao final dos seminários, o professor e Presidente da Comissão de Bioética da OAB-BA, Sérgio Nogueira Reis, fará análises jurídicas dos temas debatidos. A advogada e presidente da ONG-Monga, Tânia Motta Reis, participará da mesa no dia 18 de Agosto e fará uma abordagem ético-espiritual sobre reprodução assistida.

Os Seminários acontecerão no Auditório da Livraria Cultura, no Shopping Salvador, com entrada franca. Criada há 22 anos, a UNISOES tem como um de seus fundadores a ISKCON Bahia.

Informações:
www.unisoes.com.br

Fontes: ISKCON Bahia
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quarta-feira, 18 de maio de 2011

LACTOVEGETARIANO: Aspectos filosóficos, científicos e religiosos.


ASPECTOS FILOSÓFICOS DO LACTOVEGETARIANISMO

Problema Ético: É legítimo o direito de matar para se comer carne?

Partindo do princípio que para todas as entidades vivas a vida seja um dos maiores bens, senão o maior bem, que direito temos de matar um animal para nos alimentar?

Por que é errado matar um humano, mas se julga correto matar um animal? De onde vem a legitimidade desse direito?

Assim como um humano não gostaria de ser morto para servir de comida, os animais também não se entregam espontaneamente para o abate.

Se aceitarmos, de forma tranqüila, que podemos matar um animal para nos alimentar, não seria correto aceitar também com a mesma naturalidade que os animais pudessem se alimentar de seres humanos?

Alguns poderão dizer que os animais não possuem alma, e que por isso podem ser mortos para servir de alimento. Quanto a isso devemos lembrar que até bem pouco tempo atrás, se dizia que os negros e as mulheres também não possuíam alma, e isso era motivo para justificar e encobrir as mais aterrorizantes maldades e injustiças. Será que pelo simples fato de acreditarmos que os animais não possuem alma seja uma razão suficientemente forte para matá-los?

Outros poderiam alegar que os animais não possuem inteligência desenvolvida como a nossa tratando-se de seres inferiores, que por esse motivo, merecem ser abatidos para servirem de alimento. Nesse caso, devemos nos lembrar que o fato de um animal não ter a inteligência desenvolvida como a nossa não significa que isso torne justo o fato de abate-los para a alimentação, pois se assim fosse, as pessoas que nascessem com problemas de retardo mental, ou  pessoas acidentadas, ou crianças com problemas neurológicos por subnutrição na primeira infância e velhos portadores de certas doenças, todos esses também se encaixariam nessa categoria, podendo ser considerados “próprios para o consumo humano”.

Se poderia também afirmar que na natureza, os animais se matam uns aos outros para se alimentar e que isso é absolutamente normal, por que o homem não pode fazer o mesmo? Porém, o caso é que os animais, em seu habitat natural, comem somente o que o instinto manda. Eles não possuem inteligência para realmente discernir o que é correto comer e o que não é, apenas seguem sua própria natureza e se alimentando dessa forma estão de acordo com sua fisiologia. Já o homem não segue tanto seu instinto, mas principalmente seu raciocínio para realizar suas vontades, o que o conduz, muitas das vezes, ao hábito errado, contrariando sua fisiologia. Mas o homem pode com esse mesmo raciocínio chegar a entender que ele não é como os animais, que não precisam nem possuem opção de mudar sua dieta, evitando o sofrimento de outros animais. Um animal quando mata o outro para se alimentar, o faz por necessidade de sobrevivência. Já o homem, excetuando aquelas situações onde ele não possui escolha (os esquimós por exemplo) o faz por um mero capricho do paladar, já que está mais que provado, como veremos a seguir, que não necessitamos da carne como um alimento imprescindível em nossa dieta.

É comum se ouvir: “Deus não fez os animais para servirem ao homem?”. Quanto a isso devemos reconhecer que existem muitas religiões no mundo, das quais muitas pregam a abstinência da crueldade contra os animais, contudo a Bíblia judaico-cristã, possui uma passagem onde se diz que os humanos possuem um “domínio” sobre os outros animais. Mesmo que aceitemos essa afirmação como verdade, devemos nos atentar de que em seu contexto original, a palavra domínio é definida como “administração”. Torturar e matar milhões de animais todos os anos por motivos extremamente desnecessários é muito diferente de administrar. Dominação não é tirania!

Também é comum se ouvir: “mas a exploração animal é legalizada, não constituindo nenhum mal...”. Se recorrermos à história, vamos perceber que também foi legal a exploração de escravos humanos no Brasil. Na Alemanha nazista, era perfeitamente legal a tortura, exploração e assassinato de judeus. Daí podemos concluir que “a legalidade de algo não determina sua moralidade”.

Muitos alegam que “todo direto advém da força” e como a raça humana é a mais poderosa sobre a terra, é ela que determina o direito. Mas por que o direito deve advir da força e não da justiça? Se formos justos, não poderemos aceitar essa alegação.

O ponto é, se os humanos se acham merecedores de direitos inerentes e inalienáveis, por que os animais também não o são merecedores?

Nós, humanos, transformamos nossas necessidades básicas (alimentação, educação, vestuário, saúde, moradia, etc.) em direitos fundamentais.

Parece que nós, humanos, “legislamos em causa própria”. Será que por que não reconhecemos os direitos dos animais, esses não os possuem? Será que suas necessidades básicas também não podem ser transformadas em direitos? Será que eles devem ser tratados sempre como objetos a serem explorados e não como seres vivos como nós, merecedores de respeito e com seus direitos reconhecidos e garantidos?

Certamente, o ser humano, por ser muito mais inteligente que os outros animais, deveria cuidar, pajear e proteger os outros animais, assim como um irmão mais velho cuida dos seus irmãos menores.

ASPECTOS CIENTÍFICOS

Alimentação lacto-vegetariana e as proteínas.

Uma célula necessita de 45 diferentes nutrientes para sobreviver, sendo que os mesmos provêm da alimentação. Em sânscrito, nosso corpo físico é chamado de “anamaya kosha” que significa “corpo feito de alimento”, dando a entender que somos o que comemos.

A primeira coisa que se questiona numa alimentação lacto-vegetariana seria sua suposta falta de proteínas.

Quando indagamos a alguma pessoa por que ela come carne, geralmente ela responde que é para satisfazer as necessidades de proteína do organismo. Muitos até afirmam que não gostam de carne, mas têm medo de prejudicar a saúde se deixarem de comê-la. Os médicos, em sua grande maioria, costumam dizer que uma alimentação sem carne é prejudicial. Entenda-se aqui o termo “carne” abrangendo a todos os seus tipos e derivados (lingüiça, salsicha, presunto, salame, bacon, aves, etc.) e também ao peixe. O peixe é citado expressamente porque muitas pessoas ficam assombradas por incluirmos o mesmo na lista de produtos da carne. Para muitos, peixe não é carne. Entendem por carne apenas animais terrestres. Os frutos do mar (camarão, siri, lula, marisco, etc.) também são aqui incluídos no termo “carne”.

A preocupação com a falta de proteínas na alimentação, incutido durante décadas pela ortodoxa ciência  da nutrição amedronta até mesmo alguns vegetarianos. Qualquer conselho fica difícil por causa deste medo enraizado, produto de uma mistura de tradição cultural e desinformação sistemática e ininterrupta.

Mas o caso é: a alimentação lacto-vegetariana nos fornece proteínas suficientes para uma vida saudável? E qual os malefícios causados à saúde pelo hábito de se comer carne?

Primeiramente devemos entender do que são feitas as proteínas.

A ciência descobriu que as proteínas são formadas por uma seqüência de sub-unidades chamados aminoácidos. Existem 20 tipos diferentes de aminoácidos encontrados universalmente nas proteínas.

As diversas proteínas contêm estes 20 aminoácidos em proporções diferentes. Cada proteína apresenta um aminograma específico. O aminograma mostra o conteúdo percentual em aminoácidos de cada proteína.

Da mesma forma que conseguimos escrever muitas palavras, sentenças e livros usando as 25 letras do alfabeto, encontramos as mais variadas proteínas formadas à partir de 20 aminoácidos. Por exemplo: a molécula da hemoglobina é formada por aproximadamente 600 aminoácidos combinados entre si. Existem proteínas que possuem mais de 4.000 aminoácidos em sua composição.

Dos 20 aminoácidos existentes, 9 são considerados essenciais (9 nas crianças e 8 nos adultos). Os aminoácidos essenciais são aqueles que o organismo não consegue fabricar, tendo que ser fornecidos de fontes externas, enquanto que os outros aminoácidos, não essenciais, o organismo mesmo fabrica. As proteínas que existem nos alimentos possuem quantidades variáveis destes aminoácidos essenciais. É aí que está a importância deles. Por exemplo: se faltar a letra “Q” no alfabeto, a palavra “qualidade” assim como várias outras não poderão ser formadas. Da mesma forma, quando falta um aminoácido essencial várias proteínas não poderão ser formadas, causando problemas ao bom funcionamento do organismo.

É sabido que as proteínas de origem animal possuem todos os aminoácidos essenciais. Logo, uma dieta carnívora, obrigatoriamente fornecerá todos os aminoácidos essenciais, garantindo um suprimento suficiente dos mesmos. É por isso que os médicos, em sua maioria, orientam as pessoas para uma dieta rica em carne.

Tabela dos aminoácidos essenciais:
1-Histidina
2-Isoleucina
3-Leucina
4-Lisina
5-Metionina
6-Fenilalanina
7-Treonina
8-Triptofano
9-Valina

Sabendo-se então, que necessitamos de todos os aminoácidos essenciais em nossa alimentação, fica a pergunta: a alimentação lacto-vegetariana pode nos oferecer todos eles? 

Antigamente pensava-se que as proteínas de origem vegetal não possuíam todos os aminoácidos essenciais em sua composição. Por exemplo: os cereais possuem quase todos os aminoácidos essenciais com exceção do triptofano e da lisina; nas leguminosas (feijões) está ausente a metionina. Logo, poderíamos concluir, inicialmente, que realmente uma dieta à base de vegetais nos causaria falta dos aminoácidos essenciais. Porém, pesquisas recentes demonstram que a soja possui todos os aminoácidos essenciais. Mas mesmo que faltasse a metionina na soja isso não configuraria um problema, pois, se observarmos melhor, notaremos que na alimentação humana, existe o costume de se misturar vários tipos de alimentos em uma mesma refeição. No Brasil, por exemplo, o prato básico é o famoso “arroz com feijão”, no México temos o “feijão com milho”, assim por diante. Esses pratos básicos, nada mais são do que uma fórmula criada ao longo das décadas para juntar os aminoácidos dos cereais com os aminoácidos das leguminosas, para assim, obtermos todos os aminoácidos numa única refeição. É por isso que esses pratos básicos sustêm a alimentação de milhares de pessoas que não possuem condições financeiras para se alimentar de carne, que é um “alimento” muito mais caro.

A combinação de cereais com leguminosas pode nos fornecer todos os aminoácidos que necessitamos. Some-se a isso outras fontes vegetais de proteínas (castanhas, sementes, frutas) mais o leite e seus derivados, que todo o suprimento de proteínas, com todos os aminoácidos essenciais, estará garantido.

O leite é rico em proteínas de origem animal e como vimos anteriormente, as proteínas de origem animal possuem todos os aminoácidos essenciais.

Também devemos nos lembrar do mel e do pólen, que também são fontes de proteínas. Dessa forma, a carência de aminoácidos essenciais está totalmente descartada de uma dieta lacto-vegetariana.

Hoje em dia é comum verificarmos uma verdadeira propaganda a favor do consumo de grandes quantidades de proteína animal na alimentação. Porém isso não é verdadeiramente uma necessidade real.
Abaixo segue uma Tabela com as quantidades percentuais aproximadas de proteínas de alguns alimentos:

1-Carne – 20%
2-Ovo – 13%
3-Leite de vaca – 3,0 a 3,5 %
4-Leite humano – 2,0 a 2,5 %
5-Soja – 40%

O leite nos mostra uma indicação simples da porcentagem que a Natureza considera adequada para o ser humano. O bebê, que recebe somente leite materno, cresce e duplica seu peso em apenas um ano. É a fase de maior crescimento do organismo. Como podemos verificar na tabela acima, o leite materno possui apenas de 2 a 2,5 % de proteína. O leite de vaca contém um pouco mais. Mesmo durante a fase de maior crescimento do organismo, só precisamos de uma pequena quantidade de proteínas. Se necessitássemos de uma maior quantidade, o leite materno certamente o conteria. O adulto que já parou de crescer, cujo metabolismo visa somente à conservação precisa até de menos proteínas.

Lacto-vegetarianismo e a vitamina B12.

A vitamina B12 é muito importante ao nosso organismo. Ela é um nutriente muito utilizado em várias reações bioquímicas, principalmente no sistema nervoso. Quando ela falta ao organismo, vários problemas neurológicos podem surgir.

Como nos vegetais essa vitamina é praticamente inexistente, muitos médicos e nutricionistas desaconselham a prática do vegetarianismo.

Contudo, o leite possui quantidades satisfatórias de vitamina B12, o que garante ao lacto-vegetariano um bom funcionamento do seu sistema nervoso.

Algumas pessoas que sofrem de problemas com a absorção de vitamina B12, como no caso da disbiose intestinal (desequilíbrio da microflora intestinal que causa alterações da saúde com contribuição importante no desenvolvimento de processos degenerativos e alterações do sistema imune), mesmo ingerindo leite, poderão desenvolver carência dessa vitamina, necessitando de tratamento médico específico.


Quais os malefícios causados ao organismo pelo hábito de se comer carne?

Aquilo que chamamos de “carne” são tecidos animais formados por células. Quando o animal morre, dentro de suas células ocorre um fenômeno, que consiste no aumento da permeabilidade na membrana dos lisossomos. Os lisossomos são organelas celulares responsáveis pela digestão celular. Resumidamente falando, são pacotinhos feitos de uma membrana lipoprotéica, revestida com polissacarídeos, cheias de enzimas. Com o aumento da permeabilidade a membrana lipoprotéica do lisossomo deixa escapar para o meio celular suas enzimas, que começam a digerir a própria célula. Esta digestão que ocorre de dentro para fora da célula dá origem a uma série de compostos muito tóxicos. Começa então surgir a cadaverina, putrescina, indol, escatol, etc. Além dessa decomposição de dentro para fora, existe também as alterações químicas nas proteínas da carne ingerida, causadas pelo ataque de microorganismos da flora intestinal que também vão originar compostos muito tóxicos como o sulfeto de hidrogênio, mercaptanas além daqueles já acima descritos.

O animal carnívoro possui um intestino com aproximadamente três vezes o tamanho de seu corpo, o que é relativamente curto. Isso ocorre para que a carne ingerida, que não foi devidamente digerida, não tenha tempo de sofrer a degradação acima descrita, pois do contrário, o animal absorveria todos esses produtos tóxicos.

Graças ao fato de as células vegetais muito raramente possuírem lisossomo (por exemplo, as células das sementes possuem “lisossomos” que, durante a germinação, digerem as substâncias nutritivas armazenadas - na verdade, os ditos “lisossomos” de células vegetais são vacúolos contendo hidrolases ácidas), o que impede a degradação intracelular referida acima, e por possuírem a membrana celulósica (parede celular), cutina (camada constituída de polímeros de ácidos graxos de cadeia longa) e serem revestidas externamente por ceras de constituição complexa, os tecidos vegetais são muito mais resistentes aos ataques de microorganismos. Com isso, os animais herbívoros (vacas, cavalos, carneiros, etc.) podem possuir um intestino com aproximadamente 10 vezes o tamanho de seu corpo e os animais frugívoros 12 vezes, sem maiores problemas.

O ser humano possui um intestino com aproximadamente 6 vezes o tamanho do corpo. Logicamente, possuindo um intestino tão comprido, a ingestão de carne pode causar problemas, pois um pedaço de carne mal digerido (o que é bastante freqüente) terá um tempo bem longo para atravessar todo o tubo digestivo, o que favorecerá a absorção dos produtos tóxicos oriundos da degradação celular, que terá um bom tempo para ocorrer. 

Quando colocamos um pedaço de carne e um vegetal (alface, cenoura, maçã, etc) expostos às condições ambientais, notamos que a carne estraga muito mais rápido que o vegetal. Notamos que mesmo quando o vegetal apodrece, ele nunca é tão repugnante e mal cheiroso quanto a carne. Com este exemplo simples, podemos ter uma idéia do que acontece no interior das vísceras de uma pessoa que se alimenta com carne. Apesar da carne ser um “alimento” rico em proteínas, estas proteínas estão “sujas” pois junto com elas estão muitos tipos de substâncias tóxicas.  Graças à certas diferenças constitucionais entre a célula vegetal e a animal, os vegetais podem nos fornecer proteínas que não estão acompanhadas de tantas substâncias tóxicas.

É de grande importância a questão da absorção das gorduras saturadas de origem animal. As ingestão de  gorduras saturadas é uma das principais causas de ataques cardíacos e derrames cerebrais entre os humanos. Como é sabido, as gorduras tem sua digestão mais lenta que os açúcares e proteínas, assim, os animais carnívoros, graças ao seu curto sistema digestório, que confere uma passagem rápida pelos intestinos da carne ingerida, absorvem apenas uma pequena parcela da gordura saturada nela contida. Já o homem, com seu longo intestino, tem tempo de sobra para absorver altas doses de gordura saturada, trazendo complicações ao seu organismo.

Além disso, a carne é também o “alimento” mais rico em ácido úrico, substância tóxica, produto final da degradação das purinas (substância presente nos ácidos nucléicos, xantinas,e outros)  intimamente relacionada com várias doenças degenerativas como o reumatismo, artrite e gota. Com exceção dos primatas (o homem é um primata), os outros animais possuem uma enzima chamada uricase, que transforma o ácido úrico em alantoína, substância relativamente inócua e eliminada na urina.

Também é digno de nota, que uma dieta humana lactovegetariana produz uma flora intestinal predominantemente fermentativa (bactérias Gram [-]), enquanto que uma dieta carnívora produz uma flora intestinal predominantemente putrefativa (bactérias Gram[+]). Assim, também é importante lembrarmos que quando o intestino se polui, nossa saúde sofre um grande abalo. Isso porque 60% de nosso sistema imunológico se encontra nos intestinos, e quando esse se enfraquece devido aos hábitos alimentares não salutares, nossas defesas contra infecções diminuem. Também é importante ressaltarmos o fato de que 60% da serotonina (hormônio do “bem estar”) produzida no corpo é gerada nos intestinos, e quando estes estão intoxicados, essa produção sofre uma substancial queda.

Quanto ao leite, podemos afirmar que ele nos fornece proteína de origem animal (caseína), contendo todos os aminoácidos essenciais, porém sem os malefícios da carne. O leite não é formado por células (não é um tecido) contendo lisossomos que viabilizam a degradação celular. Também, consumido com moderação (3 xícaras ao dia), fornece níveis seguros de gordura saturada. Por isso ele é uma fonte de proteínas de melhor nível que a carne, pois sua proteína não é “suja”. A proteína do leite também é melhor do que a dos vegetais, do ponto de vista que ela  possui todos os aminoácidos essenciais e garante uma provisão segura de vitamina B12 (que os vegetais não possuem).

As carnes brancas, frutos do mar e o ovo.

É muito comum se ouvir dizer que as carnes “brancas” (aves e peixes) são mais saudáveis que as carnes “vermelhas”. Porém existem alguns pontos que devemos levar em consideração antes de aceitarmos tais afirmações.

Todas as aves (galinha, peru, pato, faisão, etc.) possuem um problema de insuficiência renal característico. Seu sistema excretor é muito primitivo. Só para se ter uma idéia, as aves não tem um sistema para a eliminação de fezes separado da urina nem separado para o sexo. A cloaca exerce todas as três funções.

Por causa dessa insuficiência renal, a carne das aves possui uma taxa maior de uréia (substância tóxica produto final do metabolismo das proteínas) e creatinina (substância final do metabolismo da creatina utilizada nos músculos), o que lhe confere o sabor característico, pois a excreção dessas substâncias esta comprometida.

Os peixes, por serem animais mais primitivos ainda, seu sistema excretor também deixa a desejar. O rim dos peixes de água salgada possui gromérulos pequenos e em pouca quantidade, pois a água do mar, rica em sais, tem pressão osmótica superior à do sangue dos peixes. Já os peixes de água doce, possuem um grande número de gromérulos para produção de uma grande quantidade de urina, pois a pressão osmótica da água doce é inferior à do sangue dos peixes. Porém, em ambos os casos, eles não transformam a amônia (NH3, substância extremamente tóxica) em uréia (que apesar de tóxica, é menos tóxica que a amônia), pois como eles dispõe de grandes quantidades de água, ela é diluída em concentrações inofensivas. Mas como quando o peixe é pescado, ele ainda continua vivo por um bom tempo fora da água, agonizando, a amônia produzida nesse período não tem como se dissolver e fica impregnada na carne do animal. Daí o seu odor degradável e característico. A carne de peixe também costuma ficar contaminada com o metais pesados ou outras substâncias tóxicas oriundos da contaminação das águas. Pior ainda acontece com os moluscos filtradores marinhos (ostras, marisco, etc.) e os crustáceos (camarões, lagostas, caranguejos, etc.), pois os mesmos possuem um sistema excretor incrivelmente simples. Os moluscos não possuem rins, mas metanefrídios (quase rins), enquanto que os crustáceos possuem as “glândulas verdes” situadas na cabeça, que filtram os líquidos do corpo e da hemolinfa. Com isso sua carne possui alto teor de ácido úrico, uréia e creatinina. As ostras e mariscos além dessa contaminação endógena de origem fisiológica, também podem conter, por serem animais filtradores de água, altas concentrações de metais pesados e outras substâncias tóxicas quando são colhidos em locais em cujas águas estejam contaminadas. Por isso é muito comum ouvirmos falar de pessoas que sofreram intoxicações alimentares por ingestão de “frutos do mar”.

O ovo comprado em supermercados e quitandas, que é um produto muito utilizado na culinária tradicional, na verdade não pode ser chamado de “ovo”. Um “ovo” é um óvulo fecundado por um espermatozóide. Quando isso não acontece, ele continua a se chamar “óvulo”.

A galinha que vive em granja não tem contato sexual com o galo, logo seu óvulo não é fecundado por um espermatozóide. Então esse óvulo não fecundado, não possui vida, e por isso entra em processo de degradação. Então, logo é expelido pela galinha, como se fosse um excremento (poder-se-ia até dizer, guardando-se as devidas proporções, que se trata de uma “menstruação” de galinha).

Para que o “ovo” seja comercializado sem se estragar facilmente, os criadores introduzem antibióticos na alimentação das aves para retardar essa degradação. Os consumidores desses “ovos” também vão ingerir indiretamente essa droga, o que poderá acarretar problemas ao organismo. Resíduos de antibióticos, em produtos animais, podem ser transferidos a pessoas que os consomem, acarretando efeitos nocivos (reações alérgicas) em indivíduos previamente sensibilizados, além de favorecer o aparecimento de bactérias resistentes.

Outro problema do consumo de “ovos” é o fato de que os criadores também introduzem na alimentação das aves hormônios para aumentar a produção. Esses hormônios, que possuem uma ação direta nas glândulas sexuais, passam a integrar o organismo e os “ovos” dessas aves, trazendo problemas para seus consumidores, pois os mesmo estarão também recebendo de forma indireta essa carga hormonal, que perturbará o delicado equilíbrio hormonal de seus próprios organismos. O processo de manufatura na produção de “ovos” e derivados de carne, não influencia na concentração e estrutura dos esteróides presentes nos tecidos animais, nem protege contra a ingestão destes compostos. Produtos anabólicos podem permanecer na sua forma ativa dentro dos “ovos” e na carne, após o abate, e exercer efeito endócrino nos indivíduos que consomem estes produtos. A prática de tratar animais para corte e para produção de “ovos” com esteróides sexuais pode contribuir para um consumo aumentado destes hormônios não apenas diretamente, a partir da ingestão da carne e “ovos” de animais tratados, mas também via um aumento da excreção destes compostos e seus metabólicos para o ambiente, onde eles poderiam contaminar a água potável.

Quanto ao ovo “galado”, ou seja, que foi fecundado pelo espermatozóide de um galo, podemos dizer que se trata de um “aborto de galinha”. O cadáver do feto dentro do ovo também passa pela degradação celular.

Fisiologia humana: própria para o lacto-vegetarianismo?

Muitas vezes ouvimos dizer que o organismo humano não foi feito para comer apenas vegetais, mas sim carne. Até autoridades médicas corroboram esse tipo de pensamento.

Dizem que nossa arcada dentária, por possuir dentes caninos demonstra nossa origem carnívora, assim como outras coisas de nossa fisiologia (que nunca são declaradas).

Quanto a isso, devemos nos lembrar de alguns fatos que desautorizam essa afirmação:

-Gorilas são animais estritamente vegetarianos, porém possuem gigantescos dentes caninos. Isso se dá por causa da sua necessidade de defesa e não por motivo de sua dieta. Nós humanos possuímos dentes caninos extremamente subdesenvolvidos em relação aos demais animais, de forma que eles não estão ali como arma de caça (como no caso dos carnívoros) tão pouco como arma de defesa (como no caso do gorila).  Eles são usados simplesmente para que haja uma perfeita mastigação dos alimentos, perfurando e rasgando  alimentos fibrosos.

-Animais carnívoros que possuem dentes caninos desenvolvidos, também possuem a saliva ácida. Já os animas herbívoros e o homem possuem a saliva alcalina, pois nela existe a enzima ptialina, que age sobre o amido (carbohidrato  de origem vegetal) para transforma-lo em formas mais simples de polissacarídeos (maltose e dextrinas). Como os animais carnívoros não ingerem amido, esse tipo de enzima não existe em sua saliva.

-Os animais carnívoros possuem todos os dentes pontiagudos, não possuindo os dentes molares. Os animais herbívoros e o homem não possuem todos os dentes pontiagudos, porém possuem potentes molares, apropriados para moer vegetais.

-Os animais herbívoros e o homem possuem o movimento lateral de mandíbula, para que os dentes molares possam moer apropriadamente os vegetais (vegetais possuem células com membrana celulósica, o que lhes confere maior rigides). Já os animais carnívoros não possuem esse movimento lateral de mandíbula. Além disso, suas mandíbulas são alongadas e pontudas, enquanto os animais vegetarianos possuem mandíbulas arredondadas e achatadas)

-Animais carnívoros não possuem glândulas sudoríparas na pele, eles suam pela boca. Os animais herbívoros e o homem suam através de milhares de glândulas sudoríparas espalhadas pela pele.

-Animais carnívoros possuem visão noturna (olhos brilham no escuro) enquanto que os animais vegetarianos e o homem não a possuem.

-Animais carnívoros adoram o cheiro de carne podre e não encontram problemas em ingeri-la, pois sua alta acides estomacal destrói os micro-organismos patogênicos. Os animais vegetarianos e o homem não se sentem atraídos pelo cheiro de carne podre, além de não possuírem uma alta acides estomacal.

-Animais carnívoros são caçadores natos, possuindo grande agilidade e alta velocidade de arranque, além de serem equipados com possantes garras afiadas. Já os animais vegetarianos e o homem possuem velocidade de arranque menor e não possuem garras afiadas.

-Animais carnívoros lambem a água, enquanto animais vegetarianos e o homem sorvem a água.

-Animais carnívoros nascem com os olhos grudados, enquanto que animais vegetarianos e o homem nascem com os olhos abertos.

-Animais carnívoros possuem hábitos noturnos e crepusculares, enquanto que os animais vegetarianos e homem possuem hábitos diurnos.

Relação entre a fome no mundo e o consumo de carne.

Para se criar animais para abate são necessários muitos milhões de toneladas de grãos todos os anos. O processo de se utilizar cereais para produção de carne é incrivelmente improdutivo, pois o custo de produção ½  Kg de proteína animal é o mesmo que para se produzir aproximadamente 10 Kg de proteína vegetal. Somente 10 % das proteínas e calorias com que alimentamos nossos animais para abate é recuperada na carne consumida, o resto é perdida. Estudos feitos em Harvard, pelo nutricionista Jean Meyer, demostram que se fosse reduzida em 10 % a produção mundial de carne, a quantidade de grãos  que deixaria de ser utilizado para esse fim seria suficiente para se alimentar 60 milhões de pessoas. Vários estudos também demonstram que 80 a 90 % de todo grão produzido nos E.U.A. é utilizado para criar e engordar animais.

A criação de gado para abate requer a utilização de vastas áreas de terra, áreas essas que terão sua fertilidade perdida, pois o gado compacta a terra, e a luz solar (raios ultravioleta) recebida nesses pastos esterilizam a microflora (fungos e bactérias) responsáveis pela fertilização do solo (húmus), além do que, esse desmatamento também acaba causando a erosão. Só para se ter uma idéia prática do tamanho do desperdício de terra para a produção de carne, basta dizer que a quantidade de proteína produzida em 17 acres de terra onde se cria gado para abate é a mesma que a produzida em apenas 1 acre plantando-se soja.

Também é interessante notarmos que a pecuária fixa apenas alguns peões no campo, que podem cuidar sozinhos de um vasto rebanho de gado, enquanto que a agricultura absorve uma muito maior massa de mão-de-obra, o que fixa o homem no campo, evitando assim o êxodo rural.

Vegetarianismo e meio-ambiente.

Para se criar animais para abate, são destruídas gigantescas áreas de mata nativa para se produzir os pastos. Essa destruição das matas nativas gera muitos desequilíbrios ecológicos, pondo em risco de extinção várias espécies de animais e plantas.

Para produzir carne, não só a terra é desperdiçada, mas também a água. Criar alimentos para à base de carne requer 8 vezes mais água do que a  necessária para se cultivar verduras e grãos. Isto significa, que enquanto milhões de pessoas morrem de fome e de sede, umas poucas matam animais, destroem vastas extensões de terra, água e grãos, para  simplesmente satisfazer seu caprichoso paladar que prefere a carne, a qual destroe lentamente sua saúde.

Vivemos em um país tropical.

Vivemos em um país tropical onde existe uma grande provisão de frutas, verduras, cereais, mel e leite o ano todo. Com tanta variedade de saborosos e nutritivos alimentos, matar animais para comer  pode ser considerado supérfluo e desnecessário. Como podemos perceber, matar milhões de inocentes animais, todos os anos,  sob a desculpa da “luta pela sobrevivência”, não passa de uma grande e terrível mentira. Talvez essa grande mentira tenha suas raízes sendo nutridas pela inconseqüente predileção do paladar da maior parte de nossa população e da gigantesca e cruel indústria da carne e seus derivados, que vê na morte de pacíficas criaturas uma enorme fonte de lucros.

O chocolate.

Todo alimento, estimulante ou sedativo, por interferir no correto funcionamento cerebral é considerado deletério para as práticas espirituais yogues.

Estudos científicos recentes revelam que o cacau do chocolate possui substâncias que interferem na tranqüilidade das atividades mentais. Uma dessas substâncias se chama feniletilamina, da família das anfetaminas, a principal substância química relacionada a emoção conhecida como “paixão”, por estimular o centro do amor no cérebro. Também foram descobertas no cacau outras substâncias conhecidas como as N-aciletanolaminas, que se unem a receptores no cérebro feminino causando efeito semelhante ao da maconha. Essas substâncias estão presentes no cacau e no chocolate escuro, mas não no chocolate branco.

Com certeza, é por esse motivo que o chocolate esteja tão relacionado à paixão e aos romances. Porém para aqueles que querem atingir um grau de serenidade mental necessário às atividades espirituais a que se propõe, devem rejeitar alimentos que contenham essas substâncias. Como está dito no Bhagavad-Gita, “a mente pode ser nossa amiga ou nossa inimiga” (B.G. 6.5).

ASPECTOS RELIGIOSOS

Cristianismo e lacto-vegetarianismo.

Apesar dos cristãos sempre questionarem a dieta lacto-vegetariana dos vaisnavas, citando algumas partes da bíblia como em Marcos 7:15: “Nada há fora do homem, que entrando nele, o possa contaminar, mas o que sai dele isso é que contamina o homem.”, devemos sempre nos lembrar de alguns detalhes importantes, que na maioria das vezes foge ao entendimento superficial.

Primeiramente devemos entender que do ponto de vista vaisnava, a alimentação vegetariana, por si somente, não fornece espiritualidade nem transcendência. A dieta vegetariana apenas nos qualifica para as práticas espirituais. Prabhupada nos explica que um gorila é vegetariano desde o nascimento, mesmo assim ele não tem a espiritualidade desenvolvida.

Os argumentos que serão descritos a seguir são fruto de estudos de alguns teólogos cristãos vegetarianos, porém não são universalmente aceitos. Assim, deixamos por conta do leitor a conclusão final sobre a validade das mesmas.

Para os judeus, o homem perfeito, Adão, era um vegetariano. Em Gênesis 1:29 está escrito: “E disse Deus (a Adão): Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto de árvore que dá semente, ser-vos-á para mantimento.”. Isso porque, no Jardim do Éden, não se podia trabalhar, sendo assim, matar violentamente um animal, cortar-lhe a carne e cozinhá-la não combinava com uma vida paradisíaca, mas sim com uma vida de misérias, o que ele passou a ter após ter recebido como castigo a saída do Éden. Os judeus já sabiam que matar um ser vivente para comer é considerado pecado, pois no decálogo (Êxodo 20:13) está escrito “Não matarás”. Por isso existe, no judaísmo, leis para desagravo, para quando se necessita matar algum ser vivente ou fazer guerra ou escravos, pois Deus, por ser bondoso, não poderia aceitar essas situações. Essas leis são chamadas de “kosher” e são destinadas a tornar a guerra, escravatura e a matança de animais menos violentas. Por isso nunca vemos um judeu num açougue normal. Um judeu só come carne quando ela é classificada de “kosher”, pois dessa forma ele saberá que antes de se matar o animal para consumo, foi feita uma cerimônia religiosa, onde o animal não sofra tanto e para desagravo do pecado cometido.

Como sabemos, Jesus era, antes de tudo, um judeu, porém por sua estatura espiritual, ele não poderia aceitar a matança de animais em sacrifício nos templos. Por isso ele demonstrou-se claramente contra a presença dos vendilhões no templo, não que Jesus tenha tido raiva do comércio em si dentro do templo, mas principalmente por que os comerciantes vendiam animais para serem abatidos dentro do templo como oferenda a Deus. Jesus pediu aos seus discípulos para pregar contra a matança de animais, pois ele mesmo era o “cordeiro de Deus”, cujo sacrifício anulava a necessidade de se matar animais para esse fim. Dessa forma, Jesus se colocou no lugar dos animais, que deveriam ser mortos em sacrifício, poupando-lhes a vida. É também interessante lembrar-se, que após a morte e ressurreição de Jesus, o templo em Jerusalém foi destruído, conforme Jesus havia previsto, o que impediu que se continuasse a matança de animais em larga escala por um bom tempo.

É claro que os cristãos além de serem muito refratários a essas evidências, também vão dizer que Jesus fez a multiplicação dos pães e dos peixes, demonstrando que ele não ligava para esse tipo de coisas. Porém vamos prestar bem atenção ao que está escrito na passagem da primeira multiplicação de alimentos: “Então eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes. E ele disse: Trazei-mos aqui. E tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a erva, tomou os cinco pães e os dois peixes, e erguendo os olhos ao céu, os abençoou e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão.” (Mateus 14:17-19); agora vejamos o que está escrito na segunda multiplicação de alimentos: “E os seus discípulos disseram-lhe: Donde nos viriam num deserto tantos pães para saciar tal multidão? E Jesus disse-lhes: Quantos pães tendes? E eles disseram: Sete, e uns poucos de peixinhos. Então mandou à multidão que se assentasse no chão. E tomando os sete pães e os peixes, e dando graças, partiu-os, e deu-os aos seus discípulos, e os discípulos à multidão.”(Mateus 15:33-36). Porém agora, vejamos o que está escrito mais adiante, em Mateus 16:9-10: “Não compreendeis ainda, nem vos lembrais dos cinco pães para cinco mil homens, e de quantas alcofas levantastes? Nem dos sete pães para quatro mil, e de quantos cestos levantastes?.”. Gostaria que reparassem nas partes grifadas. Por que se referem apenas aos pães e não aos peixes? Alguns estudiosos do assunto dizem haver evidências que originariamente essa história não incluía os peixes, mas que os mesmos foram inseridos posteriormente.

A vida de Jesus inteira está relacionada com os animais: ele nasceu numa manjedoura, entre os animais; ele, juntamente com João Batista, instituíram o batismo na água para o pagamento dos pecados, como substituição a matança de animais no templo; ele alterou a comemoração da Páscoa, onde os judeus comiam um carneiro, e após o advento de Jesus passou-se a comer apenas pão sem fermento e vinho; por fim ele foi preso e morto após o incidente onde Jesus expulsa os vendilhões do templo, que vendiam animais para sacrifício.

Também é interessante conhecer algumas partes do livro de Isaías, onde o profeta diz: “De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? Diz o Senhor, já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais nédios e não folgo com o sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes.”(Isaías 1:11), mais no final do livro encontramos: “O que mata um boi é como o que fere um homem, o que sacrifica um cordeiro, como o que degola um cão...”(Isaías 66:3).

A citação bíblica mais direta sobre as benesses da dieta vegetariana, podemos encontrar em Daniel 1:12, onde está escrito: “Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, fazendo que se nos dêem legumes a comer e água a beber.”, e depois em Daniel 1:15: “E, ao fim de dez dias, apareceram os seus semblantes melhores; eles estavam mais gordos do que todos os mancebos que comiam porção do rei (que continha carne).”

Budismo e lacto-vegetarianismo.

Segue abaixo algumas citações do evangelho de Buda que corroboram o lacto-vegetarianismo:

“Não mateis. Respeitai a todo ser vivente.”

“O homem implora a misericórdia dos deuses e não tem misericórdia pelos animais, para os quais ele é como um deus. Tudo quanto vive está unido por laços de parentesco, e os animais que matais já vos deram o doce tributo de seu leite, o macio de sua lã, e depositaram sua confiança nas mãos daqueles que os degolaram.”

“Ninguém pode purificar seu espírito com sangue, pois se os deuses são bons, não lhes pode ser agradável o sangue, e se são maus, não basta este para suborná-los.”

“Feliz seria a terra se todos os seres estivessem unidos pelos laços da benevolência e só se alimentassem de alimentos puros, sem derrame de sangue. Os dourados grãos, as reluzentes frutas e as saborosas ervas que nascem para todos, bastariam para alimentar e dar fartura ao mundo.”.

Encontramos no Sutra de Lótus:

“O Buddha disse a Manjushri: [...] Quanto às associações próprias para eles, bodhisattvas e mahasattvas não devem relacionar-se proximamente com criadores de porcos, carneiros, galinhas ou cães, ou ainda com praticantes da caça, da pesca ou de outras atividades malévolas. [...] Também não deve associar-se a carniceiros ou cortadores, nem com os que caçam animais ou apanham peixe, ou matam e ferem por lucro. Com esses que trabalham na venda de carne ou que oferecem mulheres e vendem os seus favores com pessoas destas não se deve associar.”(Sutra de Lótus - Capítulo Quatorze: Práticas Pacíficas)

Está escrito no Sutra da Rede de Brahma:

“Um discípulo de Buda não deve deliberadamente comer carne. Não deve comer a carne de qualquer ser senciente. O comedor de carne perde a semente da Grande Compaixão, corta a semente da Natureza de Buda e faz com que os seres [animais ou transcendentais] o evitem. Aqueles que assim procedem são culpados de incontáveis ofensas [...]”(Sutra da Rede de Brahma – Capítulo VI – Terceiro Preceito)

No Dhammapada está escrito:

“Um homem que injuria seres vivos não se torna desta maneira um Ariya (nobre).

Mostrando-se inofensivo para com todos os seres vivos, ele é sim chamado Ariya.” (Dhammapada – verso 270)

Espiritismo e lacto-vegetarianismo.

É sabido entre os médiuns, que nos dias em que se realizam as reuniões de trabalho espírita, deve-se evitar o consumo de carne. Alguns espíritos como Ramatis, defendem abertamente o lacto-vegetarianismo.

Alguns espíritos como Ramatís, defendem abertamente o lacto-vegetarianismo:

“[...]O homem primário pode fartar-se tranqüilamente na devora de vísceras retalhadas dos seus irmãos menores, porque ainda vive escravizado às suas sensações da vida material e a Divindade não pode julgá-lo um pecador. Mas é aberrativo e censurável que os homens já vinculados a labores espiritualistas, como espíritas, umbandistas, esoteristas, rosacrucianos, teosofistas ou yogas, ainda se fartem e se provém de carne estraçalhada dos animais! [...]” (Ramatís – A Vida Humana e o Espírito Imortal – pág. 101 – Problemas da Alimentação)


Prasada – o alimento oferecido a Deus.

Segue abaixo algumas citações do Bhagavad-Gita sobre alimentação:

B.G. 9.26:

“Se alguém Me oferecer, com amor e devoção, folhas, flores, frutas ou água, Eu aceitarei.”

B.G. 17.7:

“Mesmo o alimento que cada pessoa prefere é de três espécies, conforme os três modos da natureza material. O mesmo se aplica aos sacrifícios, às austeridades e à caridade. ...”

B.G. 17.8:

“Os alimentos apreciados por aqueles que estão no modo da bondade aumentam a duração da vida, purificam a existência e dão força, saúde, felicidade e satisfação. Semelhantes alimentos são suculentos, gordurosos (cheios de nutrientes), saudáveis e agradáveis para o coração.”

B.G. 17.9:

“Alimentos que são muito amargos, muito acres,  salgados, quentes, picantes, secos e ardentes são apreciados por quem está no modo da paixão. Tais alimentos causam sofrimento, miséria e doença.”

B.G. 17.10:

“Alimento preparado mais que três horas antes de ser ingerido, alimento insípido, decomposto e putrefato, e alimento que consiste em refugos e substâncias intocáveis atrai aqueles que estão no modo da escuridão.”

De acordo com a conclusão védica, nossas vidas devem ser utilizadas para a satisfação do Senhor Supremo. Dentro deste contexto, tudo o que fazemos deve ser consagrado a Deus, até mesmo o hábito de comer. Por isso, um vaishnava prepara alimentos no modo da bondade (satvicos) para oferece-los à Deus. Um vaishnava entende que o alimento não é preparado e consumido apenas com o propósito de nos livrar de um desconforto fisiológico chamado “fome”, ou simplesmente para a satisfação do sentido do paladar e do olfato, mas acima de tudo para manter nosso corpo saudável e bem disposto, para que ele seja utilizado com um instrumento de Deus. Quando oferecemos o alimento à Deus com amor e devoção Ele aceita, e como tudo aquilo que Deus aceita se torna puro e purificador, o alimento se transforma em “prasada” ou “misericórdia” de Deus. Todo aquele que se alimentar dessa prasada terá sua consciência purificada.


Lacto-vegetarianismo e violência.

De acordo com a lei do Karma, recebemos de volta a reação de nossos atos e pensamentos.

Quando matamos milhões de animais inocentes, todos os anos, simplesmente para satisfazer nosso caprichoso paladar, teremos que receber de volta, de alguma forma, essa violência desnecessária.

Também por isso o mundo está cheio de ódio e de guerras. O próprio hábito alimentar humano vêm aumentando a violência social em todo o mundo.

Pelo simples fato de poluirmos nosso organismo com as toxinas da carne, envenenando nossos líquidos corporais, também chamados de “humores”, já estamos nos predispondo à violência. Daí vem o termo “mal humorado”, pois um corpo intoxicado produz uma mente irritada, intolerante e amargurada. Quando nosso corpo está livre de intoxicações, nossos líquidos corporais estão limpos e nos sentimos “bem humorados”.

Alguns vegetarianos famosos:

Krishna, Buddha, Shankaracarya, Ramanujacarya, Madvacarya, Mahavira, Caitanya Mahaprabhu, Pitágoras, Sócrates, Platão, Clemente de Alexandria, Plutarco, o Rei Asoka, Leonardo da Vinci, Montaigne, Akbar, John Milton, Sir Isaac Newton, Emanuel Swedenburg, Voltaire, Benjamin Franklin, Jean Jacques Rousseau, Henry David Thoreau, Leon Tolstoy, George Bernard Shaw, Rabindranath Tagore, Mahatma Gandhi, Albert Shweitzer, Albert Einstein, Swami Bhaktivedanta Prabhupada, Paramahansa Yogananda, Ramakrishna, Swami Vivekananda e também alguns artistas como: Richard Gere, George Harrison e família, Paul Macarney e família, Tina Tuner, entre outros. Também é digno de nota o nome de  Carl Lewis, atleta olímpico, ganhador de 9 medalhas olímpicas.

Mahesvara Caitanya Das (JPS)
Biólogo e membro da ISKCON há 17 anos.
É Secretário de Assuntos Inter-Religiosos da Fundação Bhaktivedanta,
membro da ISKCON Justiça e Coordenador do Fórum de Diálogo Inter-Religioso Uni-Luz.
Site: http://mahesvaradas.multiply.com

Fontes: fórum Krishna-katha
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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Perguntas e Respostas por Srila Acharyadeva


Pergunta: Agora, para a minha pergunta filosófica que ninguém nunca respondeu à minha satisfação...

Por que Krishna organizou a coisa de tal forma que recebemos as reações cármicas em vidas futuras ou muito mais tarde na nossa vida presente, sem sabermos o que fizemos de errado? Parece muito mais compassivo a criança saber o que ela fez de errado antes de receber a punição. Parece-me uma forma cruel de nos ensinar o certo do errado. Eu sei que Krishna é um mestre amoroso, então por que Ele iria fazer um sistema que dá a impressão de ser tão impiedoso, às vezes? Eu suspeito que é para nos ajudar a desenvolver a fé que Krishna sabe o que é melhor para nós.... mas deve haver mais ... que não é o bastante para satisfazer a minha mente obstinada!

Resposta:
Quanto à sua pergunta, aqui é o meu entendimento: a “revolução da psicologia”, liderada por Freud dramaticamente mostrou que grande parte de nossos sentimentos, motivos, etc derivam do condicionamento inconsciente ou subconsciente. Em termos do yoga clássico, isto é chamado de “samskara-s”, o nosso profundo condicionamento.

O processo de autorrealização, através de várias modalidades, nos ensina a trazer o inconsciente para a superfície, de modo a não mais sermos manipulados, conduzidos, ou retidos por coisas das quais nem sequer estamos conscientes.

É claro que em uma cultura que reconhece o karma, como a Índia, as pessoas naturalmente aprendem, desde cedo, a conectar os eventos de sua vida com ações passadas. Esta prática desperta em nós uma profunda capacidade de descobrir dentro de nós mesmos as causas de nossas alegrias e tristezas nesta vida.

Afinal, os nossos atos físicos são meras manifestações de nossos estados mentais. Assim, um ato criminoso é precedido por uma mentalidade criminosa, tanto na superfície da mente, ou escondido no subconsciente. Assim não precisamos saber exatamente o que fizemos para merecer isto ou aquilo. Na verdade, a vida seria completamente disfuncional e louca se estivéssemos cientes das nossas vidas passadas. Imagine as questões de identidade sexual, o apego a familiares todo confuso, quando você se lembrar de dezenas ou centenas de mães e pais de vidas passadas, etnias, vocações, etc. Nós já lutamos nesta vida com um falso ego, imagine lidar simultaneamente com dezenas ou centenas de falsos egos.

Karma é basicamente um sistema moral que premia e castiga-nos pela qualidade moral de nossos atos intencionais. Assim, só precisamos estar conscientes das nossas intenções, boas ou ruins, nossos desejos e motivações, para entender perfeitamente por que passamos por diversas reações. E essas intenções, motivações, etc ainda estão disponíveis para nós dentro de nossa psicologia profunda.

Assim, nós temos o poder de conectar os eventos da vida com nossa própria mente, e assim podemos colher os benefícios de purificação e de progresso que vem com o reconhecimento humilde da justiça suprema de Deus em nossas vidas.

Espero que isso faça sentido para você.

Shrila Acharyadeva (Hridayananda dasa Goswami), Guru Hare Krishna

Fontes: fórum Krishna-katha
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domingo, 15 de maio de 2011

Seminários em Radhadesh - Bélgica


Há 15 anos quando Radhadesh começou com as famosas convenções durante o verão, devotos como Prahladananda Swami, Jayadvaita Swami e muitos outros deram seminários memoráveis com uma grande variedade de assuntos. Depois da construção de uma guesthouse (casa de acomodação), Radhadesh expandiu o programa de seminários para os fins de semana por todo o ano.

Conta-se com oficinas de yoga, cursos de culinária e aulas de bhajan. Veja outros cursos disponíveis no site: www.radhadesh.com

Com o propósito de oferecer uma atmosfera de conhecimento, os seminários ajudam a construir o caráter pessoal e aumenta a capacidade de pregação. Além disso, o participante estará na associação de outros devotos de todas as partes do mundo.

Interessados em participar desses cursos entrem em contato através do e-mail: radhadesh@pamho.net.
Os custos dos seminários e acomodações variam. Para acomodações escreva para guesthouse@pamho.net

Era o sonho de Srila Prabhupada ter tais instituições educacionais no mundo inteiro.

Fontes: Hare Krishna Hoje
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sábado, 14 de maio de 2011

Guerreiras espirituais - Dorothy Stang e Hladini Dasi


Dorothy Stang era uma freira católica e ativista dos direitos humanos no Brasil que foi assassinada há alguns anos. Poucos sabem mas Hladini Dasi, uma devota Vaisnava teve um destino semelhante ao da freira durante seu trabalho missionário na Libéria há quase 20 anos. Ambas com com fé e convicção incondicional abandonaram o corpo.

Hladini dasi passou os últimos anos de sua vida na áfrica, ajudando os pobres e instigando em muitos uma fé religiosa profunda com seus ensinamentos e exemplo.

O grande êxito de Dorothy e Hladini foi que inspiraram em muitos uma determinação genuína a viver sob o abrigo de Deus. Mostraram como operar as armas da não-violência e compaixão. Elas viam a presença e a proteção de Deus em lugares onde outros viam apenas violência e desespero.

Fontes: Hare Krishna Hoje
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Hospital Bhaktivedanta – “Servindo com Devoção”

(Hospital Bhaktivedanta)

Em meados de 1986, médicos unem-se por um mesmo sonho, depois de completarem suas especializações na medicina. O sonho coletivo de fornecer saúde de qualidade em convênio privado com custos acessíveis para a população.

O grupo de médicos esforçou-se pelas várias áreas ao redor de Maharashtra, Índia, cuidando de pessoas que praticamente não tinham nenhum acesso ao cuidado médico moderno. Muitos anos de serviço foram dedicados a milhares de pacientes e assim surgiu o nascimento da Clínica de Sri Chaitanya, uma clínica pequena na Estrada de Mira num subúrbio distante de Thane, próximo a Mumbai, tornando-se depois um grande hospital.

Os serviços do Hospital Bhaktivedanta atingem 1,5 milhões de pessoas dentro de um raio de 10 quilômetros na região. O Bhaktivedanta oferece a vantagem da medicina moderna junto com o conhecimento antigo de terapias alternativas diferentes, fornecendo uma aproximação holística e cuidados com os pacientes.

O trauma mental dos pacientes e de suas famílias é assistido pelo departamento de Cuidado Emotivo Espiritual, plenamente equipado com conselheiros e enfermeiras. Muitos casos de álcool e uso de drogas foram tratados com êxito por este departamento.

Em 2003, o hospital permaneceu fechado, por causa de ataques do Shiva Sena, um grupo radical hindu.

O hospital é dirigido por Sri Chaitanya Seva sob a presidência de Sr. Hrishikesh Mafatlal, e de um grupo de procuradores que fornecem a estratégia necessária e direção para o crescimento. O lema do hospital “Servindo com Devoção” é seguido em espírito por todos os 460 funcionários e os 100 consultores especialistas do hospital.

Hoje o Hospital Bhaktivedanta está entre os melhores centros de saúde da Índia e sempre é noticiado nos melhores jornais do país, tais como: Times of India, Indian Express, Healthcare Management, Pharmabiz Chronicle, India Today, Aaj Tak TV channel, Afternoon e outros.

Acessem: www.bhaktivedantahospital.com

Fontes: Hare Krishna Hoje
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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Projeto do Ford traz cientistas da NASA e acadêmicos védicos


Cientistas da NASA se unem com acadêmicos védicos para explorar os mistérios da cosmologia da Índia antiga num Planetário védico há aproximadamente 100 km de Kolkata.

Planejado em Mayapur, o planetário é parte de uma iniciativa econômica do Ford, um devoto da ISKCON.


A companhia de Ford, ABF Internacional, promoveu o projeto com as indústrias de aldeia e o complexo turístico de hospitalidade em Mayapur, visitado por turistas estrangeiros todos os anos na Índia.

" Isto é um projeto raro, exibe a evidência científica em descrições antigas de cosmologia do espaço. Conduzimos uma série de pesquisas e achados em que a distância entre os planetas, como mencionado na cosmologia védica, são profundamente exatos com os resultados dos estudos modernos,'' disse Alister Taylor, vice-presidente da ABF Internacional.

" No centro de pesquisas do planetário, nós teremos cientistas da NASA explicando as contribuições da cosmologia védica ao estudo da ciência do espaço hoje." Adicionou Taylor.

Fontes: Hare Krishna Hoje
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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Restaurante vegetariano Krishna`s Café - Austrália


Um restaurante espiritual satisfatório, é aquele que serve bem - o corpo, a alma e a consciência, pelo prazer do alimento puro num relaxante e amigável ambiente. Esse é o Krishna`s Café em Brisbane, Austrália.

Krishna`s Café, serve alimento puro preparado por pessoas dedicadas à Krishna, mas é apreciado por pessoa de todos os estilos. As refeições são vegetarianas e naturalistas, livre de ovos, carnes, cebolas e alhos.

No Brasil, há bons restaurantes como o Krishna`s Café, como referência nacional podemos citar o Gopala Madhava em São Paulo, que é um restaurante indiano lacto-vegetariano pioneiro e muito popular.

Visitem o Gopala Madhava e apreciem uma refeição saudável e saborosa.

Acesse o site do Restaurante Vegetariano Brasileiro:
www.gopalamadhava.com.br

Fontes: Hare Krishna Hoje
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terça-feira, 10 de maio de 2011

Projeto Árvores para Vida


A Fundação Plantando uma Árvore Frutífera (The Fruit Tree Planting Foundation - FTPF), EUA e o Alimentos para a Vida de Vrindavan, participam do projeto chamado: TFL ou Projeto Árvores para a Vida - plantando árvores frutíferas em lares ao redor de Vrindavan.


Aproximadamente 18 bilhões de árvores frutíferas no mundo (três para cada pessoa viva)… essa é a meta da Fundação Plantando uma Árvore Frutífera (FTPF). Abrangendo um grupo altamente motivado de pessoas, sem fins lucrativos, dedicada a plantação de árvores frutíferas e plantas para o benefício do meio ambiente e seus habitantes.

“... Vrindavan foi recomendada pelo Food For Life (FFL), por causa do esforço de muitas famílias que estão todos os dias em contato com o programa de distribuição de alimentos e a disponibilidade de terras conveniente para apoiar um pomar grande e vibrante de árvores frutíferas...”.

O projeto foi lançado em Fevereiro de 2007.

Fontes:  Hare Krishna Hoje
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Hare Krishna no mundo do Second Life

(Clique na imagem para ampliar)

Vocês já ouviram falar do Second Life ( Segunda Vida ) ? O Second Life é o maior fenômeno da internet, comparado ao Google, Youtube e My Space.

O Second Life não é um jogo. Second Life é um metaverso: um mundo virtual tridimensional que oferece a qualquer um que tenha acesso à internet a possibilidade de ter uma segunda vida. É um universo online onde é possível voar ou se teletransportar, trabalhar, fazer novos amigos, estudar, criar produtos e obras de arte, passear, fazer compras, vender, dançar, anunciar...

(Clique na imagem para ampliar)

Imagine um mundo onde você pode ser o que quiser, fazer o que desejar e transformar-se naquilo que sempre sonhou! No Second Life é exatamente isso que você conseguirá, uma segunda chance.

Se você já ouviu sobre isso, então pode dar uma olhada no novo Centro Hare Krishna construído no Second Life. É uma construção modesta, com um pequeno parque, um templo bonito, e uma loja onde você pode adquirir parafernália Hare Krishna, (mantos alaranjados, altares, quadros, etc.).

De certa forma, há uma tendência geral de grupos religiosos acharem seu meio no mundo virtual. Então porque não os Hare Krishnas.

Se você gosta do mundo virtual, vale a pena conferir o Templo Hare Krishna no Second Life

Fontes: Hare Krishna Hoje
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domingo, 8 de maio de 2011

Dia das Mães Hare Krishna

(Mãe Yasoda vê o Universo na boca de Krishna - Foto divulgação/ ISKCON)

Neste domingo, 8 de maio, rendemos nossas homenagens a todas as mães do mundo e lembramos que elas também ocupam grande destaque na literatura indiana.

(O sofrimento de Mãe Devaki e as bençãos de Krishna  - Foto divulgação/ ISKCON)

O que falar de Devaki, que foi perseguida e teve todos os filhos mortos pelas mãos de seu irmão, o rei Kamsa, que, ambicioso, não aceitou ter um sobrinho como herdeiro do reino de Mathura, atual estado de Uttar Pradesh, na Índia, já que sua esposa era estéril e por isso mesmo não conseguiu engravidar?

Devaki era casada com o sábio Vasudeva. Presos, por ordem de Kamsa, na oitava gravidez Devaki foi tomada de júbilo e ao mesmo tempo de lamentação- júbilo porque o Senhor Visnu estava dentro de seu ventre e lamentação porque tão logo a criança nascesse Kamsa mandaria matá-la. Imagine a dor e o sofrimento de Devaki.

Após revelar seu aspecto divino a Vasudeva e Devaki, Krishna assumiu sua forma humana, um bebê como tantos outros.  Aflito com a situação, Vasudeva sentiu o perigo porque assim que soubesse do nascimento da criança Kamsa mandaria matá-la.  A solução do problema foi dada por Krishna. Ele disse:

 “Sei que vocês estão muito preocupados coMigo e com medo de Kamsa. Por isso ordeno que Me levem imediatamente para Gokula e Me substituam pela filha que acaba de nascer de Yasoda”.

(Nascimento de Krishna - Foto divulgação/ ISKCON)

Para sair da prisão levando a criança, Vasudeva contou com o auxílio dos Devas e seguindo ordens da Suprema Personalidade de Deus, retirou seu filho do quarto onde tinha nascido. Nesse exato momento nascia Yogamaya, a potência interna do Senhor, filha de Yasoda e Nanda Maharaja.

Pela influência de Yogamaya, todos os residentes do palácio de Kamsa, onde Vasudeva e Devaki se encontravam prisioneiros, foram acometidos por um sono profundo. Todas as portas se abriram e Vasudeva conseguiu chegar a salvo com o pequeno Krishna à casa de Nanda Maharaja, em horário que todos dormiam, e sem dificuldade trocou seu filho pela menina que acabara de nascer.  De volta à prisão, silenciosamente, Vasudeva colocou a menina no colo de Devaki.  Assim, Sri Krishna foi criado por pais adotivos: mãe Yasoda e Nanda Maharaja.

(Yasoda, mãe adotiva de Krishna - Foto divulgação/ ISKCON)

Outra história comovente é da rainha Kunti. Suas belas orações ocupam 26 versos do Srimad- Bhagavatam, que servem de fonte de inspiração àqueles, que de alguma forma, almejam o amor puro ao Senhor Krishna. Srila Prabhupada costumava falar muito sobre a rainha Kunti e valorizava suas orações. Prabhupada, inclusive, escreveu o livro “Os ensinamentos da rainha Kunti” e dedicou a ela as seguintes palavras: “ Este é um memorial eterno de uma das maiores heroínas transcendentais da antiga cultura védica, a rainha Kunti.”

(Rainha Kunti)

Kunti era filha de Surasena, grande chefe da dinastia Yadu, da qual Krishna faz parte. Ainda criança, Kunti foi dada a um grande amigo de seu pai que não podia ter filhos. Certo dia, na casa do pai adotivo, houve a visita de um sábio, que ficou satisfeito com o serviço de Kunti e previu que ela teria dificuldade para ter filhos, mas lhe deu a benção  de invocar qualquer semideus e através dele ter quantos filhos desejasse. Kunti acabou se casando com o rei Pandu, irmão de Dhrtarasta, que não podia reinar por ser cego. Pandu aceitou duas esposas- além de Kunti, Madri. O casamento de Pandu com Kunti estava, praticamente, arruinado por causa de uma maldição que o impedia de ter filhos. Pandu se refugiou na floresta com as duas esposas e só aí Kunti revela a ele a benção recebida.

(Kunti invoca semideuses para engravidar - Foto divulgação/ ISKCON)

Atendendo pedido do marido, Kunti tem filhos com semideuses: com Dharma ( o semideus da religião) nasce Yudisthira e chega com a profecia de que será uma criança muito virtuosa,uma pessoa gloriosa, determinada, renunciada e famosa nos três mundos. No segundo filho, Kunti invoca Vayo (semideus do vento), que deu origem ao poderoso Bhima, o mais forte entre os homens. Um dia Pandu procurou um sábio na floresta que aconselhou que Kunti fizesse um ano de austeridade e assim ela obedeceu. Após as austeridades, Kunti invocou Indra para gerar um filho, que foi Arjuna. E de novo veio uma profecia: “Essa criança será tão forte quanto Kartavirya e Sibi (dois reis poderosos dos tempos védicos) e em batalha será incrível como o próprio Indra. Ele espalhará sua fama por todos os lugares e obterá armas divinas”.

Após esses acontecimentos, Madri, a outra esposa de Panda, teve dois filhos: Nakula e Sahadeva. Uma maldição é lançada contra Pandu e ele morre. Madri, arrasada, se joga na pira funerária do marido e também morre. Mãe Kunti fica viúva e com cinco filhos, os gloriosos Pandavas. Os filhos de Mãe Kunti passam por muitos sofrimentos, intrigas, usurpações, ameaças de morte até que são obrigados a viver exilados durante 13 anos em uma floresta.

(Kunti em adoração a Krishna - Foto divulgação/ ISKCON)

A rainha Kunti sofre muito por tudo isso, porém, a maior dor dela consiste na separação de Krishna, seu sobrinho, filho de seu irmão Vasudeva. Kunti tinha uma compreensão muito grande da Verdade Absoluta. Kunti revela devoção e força pessoal à medida em que oferece seu coração e amor aos pés de lótus de Krishna. Mãe Kunti tinha um sentimento genuíno de conhecimento e realizações eternas.

Desejamos às matas, ou matajis como são carinhosamente chamadas as mulheres no Movimento Internacional para Consciência de Krishna, um feliz Dia das Mães. As mulheres Hare Krishna têm um papel muito importante na sociedade moderna e podem, com a Consciência de Krishna, construir um mundo melhor, já que passam para seus filhos uma educação baseada em “ahimsa”, não violência, e respeito a todas as entidades vivas.  Hare Krishna!


Fontes: ISKCON Bahia
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