Menu

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sathya Sai Baba, guru indiano, morre aos 84 anos


O guru indiano Sathya Sai Baba, um dos mais famosos e influentes líderes religiosos do país, morreu nesse domingo de manhã, 24 de Abril de 2011, aos 84 anos, devido a uma parada cardiorrespiratória.

Por quase um mês, Sai Baba recebeu ajuda para respirar e diálise, enquanto sofria falha múltipla de órgãos, depois de ter dado entrada em 28 de março, no hospital Sri Sathya Sai, no Estado de Andhra Pradesh.

Seguidores começaram a rumar para o templo onde o corpo do guru ficará até terça-feira. O funeral com honras de Estado está planejado para a quarta-feira de manhã.

Considerado por seus fiéis a verdadeira encarnação de Deus, Baba havia sido internado no final de Março de 2011 em um hospital de Puttaparthi, no sul da Índia, com complicações respiratórias e renais.

Sathya Sai Baba tinha muitos seguidores, com templos em cerca de 126 países. Os ensinamentos de Baba, que traziam um misto de crenças hindus e islâmicas, arrebanharam milhões de seguidores em todo o mundo, incluindo importantes líderes políticos, estrelas de cinema, magnatas, artistas e esportistas reconhecidos mundialmente.

O guru era conhecido por sua fala macia, por seus robes de um forte tom amarelo-alaranjado e por seu corte de cabelo em um estilo semelhante ao "afro".

Baba também tinha a habilidade de fazer surgir do nada objetos como relógios e anéis, algo que muitos céticos consideravam simplesmente truques baratos.

REENCARNAÇÃO

Baba nasceu em Puttaparthi em 1926, com o nome de Sathyanarayana Raju. Aos 13 anos, ele disse ser a reencarnação de um líder religioso do século 19, venerado tanto por hindus quanto por muçulmanos, com o mesmo nome que viria a adotar mais tarde.

Ao longo dos anos, os fiéis doaram grandes quantidades de dinheiro à entidade mantida pelo guru. Com isto, a sua cidade natal ganhou uma universidade, um hospital, hotéis e um aeroporto privado, além de um serviço de alimentação para a população mais pobre.

À medida que o guru atraía seguidores, sua cidade Puttaparti cresceu com o templo "Prasanthi Nilayam" construído em 1950, bem como um grande hospital, universidade e escolas, administradas pelo seu Fundo Satya Sai Central Trust, criado em 1972, com doações de devotos. O Fundo, estimado em US$ 8,9 bilhões ou possivelmente mais, também estabeleceu centros espirituais nas cidades de Bombai, Hyderabad e Chennai. Também construiu um hospital em Banglore, onde Sai Baba tinha uma casa de verão, e construiu estrutura de fornecimento de água em diversos Estados ao sul. As informações são da Associated Press.

Ao mesmo tempo em que ganhava fama por seu trabalho espiritual e de caridade, Baba também se envolveu em polêmica. Ele sempre recusou pedidos de cientistas, racionalistas e mágicos para testar os seus "milagres" em ambientes controlados.

Além disto, em um documentário produzido pela BBC em 2004, ex-seguidores acusaram o guru de pedofilia e de abuso sexual. Ele nunca foi investigado ou condenado devido a estas alegações.

"PERDA IRREPARÁVEL"

O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, disse que a morte de Baba era uma "perda irreparável".

"Ele era um líder espiritual que inspirou milhões de pessoas a levar uma vida moral e significativa, mesmo quando elas seguiam a religião de sua própria escolha", afirmou o premiê.

O hospital onde Baba morreu afirmou que o corpo do guru poderá ser visto pelo público entre segunda e terça-feira, antes do funeral, e pediu que os seguidores não corram até o local, para evitar tumultos.

HOMENAGENS

Milhares de devotos já se reúnem em Puttaparthi para o funeral. Cerca de 6 mil policiais foram deslocados à cidade para garantir a segurança, enquanto barricadas foram erguidas em frente ao hospital onde Baba morreu.

O hospital afirmou que o corpo do guru poderá ser visto pelo público entre segunda e terça-feira, antes do funeral, e pediu que os seguidores não corram até o local, para evitar tumultos.

Várias personalidades indianas famosas e importantes já manifestaram seu pesar pela morte do guru em mídias sociais, como o serviço de microblogging Twitter.

Fontes: fórum Krishna-katha; www.publico.pt; www.folha.com; www.estadao.com.br; www.bbcbrasil.com.br; www.hojeemdia.com.br
.
Leia Mais ››

domingo, 24 de abril de 2011

Vastu Shastra, o pai do Feng Shui


Vastu Shastra, a Ciência do Bem Viver

Assim como o Feng Shui da China, o Vastu Shastra indiano nos dá a técnica de como harmonizar o ambiente, influenciando nossas vidas e indica a harmonia que se deve ter entre os elementos fora e dentro do corpo, no ambiente de residência ou de trabalho.

"Uma casa adequadamente desenhada e agradável será a morada da boa saúde, riqueza, inteligência, boa progênie, paz e felicidade e redimirá seu dono de débitos e obrigações. Negligenciar os cânones da Arquitetura resultará em viagens desnecessárias, mal nome, perda da fama, lamentações e desapontamentos. Todas as casas, vilas, comunidades e cidades, portanto, deverão ser construídas de acordo com o Vastu Shastra. Trazido à luz em favor do universo inteiro, esse conhecimento é para a satisfação, melhoria e bem-estar generalizado de todos."

Conta o Matsya Purana que certa vez o Senhor Shiva estava lutando arduamente com um demônio chamado Andhakasura, numa guerra que durou vários anos. Durante a guerra, Shiva começou a suar profusamente. Uma gota de seu suor caiu de seu rosto e transformou-se num enorme e voraz fantasma de aparência terrível. Como estava com muita fome, ele começou a devorar a todos, inclusive o corpo morto de Andhakasura no final da batalha.

Não satisfeito, entretanto, ele fez penitências e pediu a Shiva a bênção de poder devorar os três mundos. Satisfeito com suas austeridades, Shiva concedeu-lhe a bênção e todos os semideuses ficaram horrorizados. Temerosos, eles capturaram-no, jogaram-no sobre a terra com o rosto para o chão e puseram-se em cima dele, cada um sobre uma parte de seu corpo, de modo que ele ficasse preso assim para sempre.

Pesaroso, ele perguntou-lhes como haveria de satisfazer sua fome e outras necessidades naquela condição. Tendo compaixão dele, os semideuses concederam-lhe a bênção de receber oferendas das pessoas que o adorassem no momento de começar qualquer construção, na ocasião da ocupação da edificação e em quaisquer ocasiões similares em que se usasse o solo. Eles também deram-lhe o poder de atormentar quem quer que construísse algo sem antes adorá-lo ou contra sua vontade, torturando seu corpo.

O Senhor Brahma deu-lhe o nome de Vastu Purusha e desde então tornou-se praxe todos os que usam a terra primeiramente adorá-lo e satisfazê-lo para obterem êxito em suas construções e moradias.

- O Vastu Purusha, com a cabeça a Nordeste (direção mais importante) e os pés a Sudeste, dentro da Vastu Mandala, um quadrado subdividido em 81 partes (9´9) ou 64 (8´8). Sobre esses quadrados 45 semideuses estão dispostos (alguns ocupam mais de um quadrado), cada um controlando uma parte de seu corpo. -

Assim, a escritura Vastu Shastra apresenta os princípios para se construir de modo a não desagradar o Vastu Purusha e a sempre ganhar seu favor.

Explica-se a importância desse conhecimento da seguinte maneira:

"Uma casa adequadamente desenhada e agradável será a morada da boa saúde, riqueza, inteligência, boa progênie, paz e felicidade e redimirá seu dono de débitos e obrigações. Negligenciar os cânones da Arquitetura resultará em viagens desnecessárias, mal nome, perda da fama, lamentações e desapontamentos. Todas as casas, vilas, comunidades e cidades, portanto, deverão ser construídas de acordo com o Vastu Shastra. Trazido à luz em favor do universo inteiro, esse conhecimento é para a satisfação, melhoria e bem-estar generalizado de todos."

Para cada tópico os Vedas apresentam diversas explicações em diferentes níveis, desde a mais metafísica até a mais "palpável". No entanto, todas são autênticas, possibilitando que todos os tipos de pessoas compreendam a verdade de acordo com o nível de entendimento que tenham.

Em outro nível, portanto, podemos dizer que nosso corpo, o ambiente construído e a natureza de modo geral (prakriti) são constituídos pelos mesmo cinco elementos básicos (panchabhutas). Há uma relação sutil entre os elementos de fora e de dentro do corpo e os do lugar de residência e trabalho.

Entendendo a influência dessas cinco forças naturais podemos melhorar nossas condições de vida, projetando adequadamente nossas edificações ou pelo menos ajustando e modificando certos hábitos, objetos ou ambientes noa lugar casa onde já vivemos. Como qualquer forma fixa, os edifícios (sejam casas ou prédios) criam uma concentração ou dispersão de energias cósmicas e tectônicas (do interior da terra), as quais podem ser benéficas ou danosas para seus ocupantes, dependendo da forma, proporção, orientação em relação aos pontos cardeais e localização das aberturas (portas e janelas).

As escrituras védicas revelam um conhecimento exato e profundo da manipulação desses campos energéticos num nível desejado e o Vastu Shastra contém a essência desse conhecimento. Com ele pode-se locar uma obra de tal maneira que absorva o benefício máximo dos elementos da Terra, bem como dos campos magnéticos que a circundam.

Os cinco elementos, ou panchabhutas, com seus correspondentes na linguagem moderna são:

1- Akasha – espaço ou vácuo,
2- Vayu – ar ou elementos gasosos,
3- Agni – fogo ou energia (luz, calor, radiações, etc.),
4- Jala – água ou líquidos, e
5- Bhumi – terra ou sólidos.

Divisão da casa em quatro setores, segundo os elementos e as atividades adequadas para cada setor
Vayu – ar
Movimento
Akasha – éter
Atividades Espirituais e Intelectuais
Jala – água
Repouso Tranquilidade
Agni – fogo
Energia Temperatura Calor

É bem verdade, entretanto, que a vida hoje em dia não é mais como há cinco mil anos, quando a cultura védica estava plenamente manifesta, pelo que surge a necessidade de algumas adaptações. A maioria de nós vive em grandes metrópoles. Nos tempos védicos as maiores cidades eram feitas para poucos milhares de habitantes e nunca ultrapassavam seus limites. A expansão só era possível juntando-se vilas próximas em corporações municipais. Ainda assim, cada vila era independente e permanecia separada das outras por parques e estradas.

O atual estado de adensamento de nossas moradias, o uso maciço de apartamentos e a pouca disponibilidade de espaço tornam impraticáveis certos princípios do Vastu Shastra, como veremos adiante. A solução ideal seria mudarmos para ambientes mais naturais e espaçosos, algo bem longe da realidade da maioria. Como se isto não bastasse, nosso estilo de vida (em meio a energia elétrica, lâmpadas fluorescentes, computadores e máquinas) é cada vez mais artificial. Vivemos mergulhados num oceano de ondas eletromagnéticas (rádio, TV, telefones celulares, eletrodomésticos...) e cercados por estruturas de concreto armado. Nada disso era usado nos tempos védicos, pois quanto mais artificial nossa vida, mais prejudicial é, a nós próprios e ao meio ambiente. Se por um lado resolvemos um problema, criamos inevitavelmente outros no seu lugar. O automóvel, com a sua poluição, engarrafamento e desastres é um bom exemplo a respeito.

O melhor seria afastar-se disso tudo, contudo, a maior parte das pessoas simplesmente não quer (ou não pode) abrir mão desse estilo de vida. A solução então é aprender a evitar o supérfluo e usar os objetos com um mínimo de impactos negativos.

É aí que entram os princípios do Vastu Shastra, complementado com outras informações, no que diz respeito às invenções modernas. O Vastu Shastra, porém, dita até os pormenores da construção – como a melhor direção para se começar a escavar a terra e levantar uma parede – e ensina os melhores momentos (muhurtas) para cada fase da construção, com precisão de minutos, coisas que, apesar de relevantes, não são facilmente aplicáveis em nossa atual construção civil.

Um arquiteto védico era como um alfaiate, pois fazia a casa sob medida para cada pessoa, levando em conta o tipo de terreno adequado para ela e seu mapa astral, por exemplo. A própria medida usada como módulo para todas as dimensões da casa era individual para cada proprietário, o talam, equivalente ao palmo ou ao comprimento do rosto.

- O talam, medida padrão da casa -

Como adotar isso numa sociedade que muda cada vez mais rápido, na qual dificilmente alguém vive mais de vinte ou mesmo dez anos no mesmo lugar?

Se, contudo, por um lado alguns princípios não são muito práticos para nossa época, outros podem ser adotados sem reservas por qualquer um. Vamos enumerar então alguns deles:
- Cada semideus rege um diferente aspecto da vida, por isto é importante dispor os ambientes da casa de acordo com a localização de cada um deles, para evitar conflitos (ver tabela a seguir).

Divisão da casa em nove setores segundo as direções (pontos cardeais), com os respectivos semideuses, sua principal característica e algumas possibilidades de uso do espaço
Noroeste – Vayu,
o senhor do vento
Escritório
Loja
Sala de estar
Norte – Kuvera, o tesoureiro dos semideuses
Lugar para guardar valores
Sala de estar
Nordeste – Esha, auspiciosidade
Lugar para adoração
Sala de estudo
Quarto para crianças
Oeste – Varuna,
o senhor da água
Sala de jantar
Quarto
Centro – Brahma‚ o maior dos semideuses
Espaço aberto para a entrada de luz e ventilação
Leste – Surya,
o senhor do Sol
Sala de Estar
Banheiro
Sudoeste – Nirutti,
a morte
Quarto
Depósito para coisas pesadas
Sul – Yamaraja,
o senhor da morte
Quarto
Despensa
Sudeste – Agni, a controladora do fogo
Cozinha
Medidores de eletricidade

- É essencial que todas as paredes (inclusive os limites do terreno) estejam alinhadas com os eixos Norte-Sul e Leste-Oeste verdadeiros (e não magnéticos) da Terra, admitindo-se uma tolerância de 10 graus. Paredes curvas ou em outras direções só devem ser usadas com muito conhecimento de onde e como. Logo, a forma ideal para o terreno e a casa é o quadrado ou o retângulo. Isto assegurará o fluxo das energias com um mínimo de interferências. Se o terreno for irregular, a recomendação é ajustá-lo, somando ou subtraindo áreas. Isto não necessariamente significa pobreza arquitetônica. Na cultura védica não existe uma separação rígida como a nossa entre os vários departamentos do conhecimento e da vida. Arquitetura, escultura, pintura, decoração, bem como espiritualidade, música, dança, culinária, os aromas, as vestimentas, etc, é o conjunto integrado que produz beleza e harmonia a nada é visto separadamente. O arquiteto védico fazia muito mais do que simplesmente desenhar e construir.

- Dentro do terreno, a edificação deve estar mais a Oeste que a Leste e mais ao Sul que ao Norte, de modo que sempre haja mais espaço livre a Norte e Leste (veja figura). Além disso, deve haver mais e maiores aberturas a Norte e Leste. Assim pode-se aproveitar melhor as boas energias que vêm destas direções, como os saudáveis raios ultra-violeta (que vêm do Leste), que são anti-sépticos e purificam o ambiente.

- Seguindo este raciocínio, deve-se proteger o Sul e o Oeste, de onde vêm influências negativas, como os raios infra-vermelhos do Sol da tarde (do Oeste), diminuindo-se as aberturas e usando vegetação mais alta e densa nessas direções.

- O telhado deve ter caimento para Leste ou Norte e o terreno, para Leste, Norte ou Nordeste, pois a água sempre deve escorrer para uma dessas direções. O telhado pode ser simétrico, mas nunca irregular.

- Água subterrânea (como poços e cisternas) deve estar a Nordeste, mas sem cruzar a diagonal do terreno (veja figura acima). O encanamento também deve vir dessa direção. Isto faz com que a água absorva os raios ultra-violeta e fique mais protegida dos infra-vermelhos. Se não puder fazer isto, é bom pelo menos expor água de beber ao Sol da manhã por algum tempo (em uma garrafa de vidro fechada, por exemplo).

Defeitos básicos devem ser corrigidos, especialmente a Nordeste e Sudeste, mas não se deve corrigir apressadamente e sim contar com a orientação de pessoas bem versadas e de experiência no campo.

Muitos dos princípios do Vastu Shastra podem ser facilmente encontrados em qualquer construção harmônica ao redor do mundo, como as pirâmides do Egito, as pirâmides astecas ou o templo do Sol em Konark, na Índia, bem como em muitas tradições populares.

Podemos dizer que o Vastu Shastra é uma das necessidades para se viver bem. Se todos os outros fatores forem iguais, a correta aplicação do Vastu Shastra facilitará a prosperidade, o sucesso e a felicidade. Sempre ouvimos falar de casos de lugares onde nada dá certo ou onde ninguém é feliz e de outros onde tudo prospera. Isto se deve à aplicação ou não (mesmo que inconsciente) de princípios que o Vastu Shastra explica detalhadamente.

Para mais informações:
Site: www.vastushastra.com.br
E-mail: vastu@vastushastra.com.br

Fernando Augusto Dias - Arquiteto & Urbanista

Fontes: www.vastushastra.com.br


Compartilhar

.
Leia Mais ››

quarta-feira, 20 de abril de 2011

35 anos do Bhagavad-Gita Como Ele É em português em 2011

(Capa da primeira edição em português)

A primeira edição do Bhagavad- gita Como Ele É, em português, foi publicada no Brasil, em 1976, com tiragem de 20 mil exemplares e selo da BBT – The Bhaktivedanta Book Trust, editora com livros disponíveis em, aproximadamente, 60 idiomas. Foi traduzido do original em inglês.

Cinco pessoas trabalharam com afinco para que o livro chegasse às prateleiras dos leitores brasileiros. A coordenação de tradução ficou a cargo de Hrdayananda Dasa Goswami (Howard J. Renisck) e quatro devotos se encarregaram da tradução: Mahakala Dasa (Marcio Lima Pereira Pombo), Lokasaksi Dasa (Lucio Valera), Aradhya Dasa (Carlos Amaro Fernandes) e Bhakta Enéas Guerriero (Iswara Dasa). São 822 páginas revelando a escritura sagrada mais antiga do mundo, a essência da religião védica, conhecida há mais de cinco mil anos.

O Bhagavad-gita foi falado por Sri Krishna Bhagavan (Deus) a Arjuna, seu discípulo e amigo, minutos antes da batalha de Kurukshetra, uma guerra envolvendo dois exércitos. O Gita revela a estrutura das existências material e espiritual: o que é o corpo, o que são os sentidos, o que é a mente, como controlar a mente, o que é a consciência, o que é a Consciência Suprema, como a consciência pode permanecer consciente da Consciência Suprema, o que é o ser humano, o que é a nossa sociedade, o que é o nosso mundo, como viver em paz e ter prosperidade nesta vida e, ao mesmo tempo, penetrar nos mundos transcendentais na hora da morte.

O Bhagavad-gita se mantém fidedigno através de uma sucessão discipular autêntica (parampara), que começou com Sri Krishna Bhagavan (Deus) e chegou até A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada (Srila Prabhupada), fundador-acarya da ISKCON - Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna, que traduziu várias obras da literatura védica do sânscrito para o inglês - além do Bhagavad-gita, o Srimad-bhagavatam, Sri Caitanya Caritamrita, Sri Isopanisad, Bhakti Rasamrita Sindhu, etc. Srila Prabhupada batizou o livro traduzido por ele para o inglês como O Bhagavad- Gita Como Ele É porque é o único que traz o verso original em sânscrito, a transliteração latina (equivalente palavra por palavra do sânscrito), tradução e comentários fiéis sobre os textos.

Graças a Srila Prabhupada, O Bhagavad- Gita Como Ele É pode ser traduzido do inglês para vários outros idiomas, inclusive há 35 anos para o português. A primeira edição, em inglês, saiu em 1968, mas só em 1972 foi publicada a edição completa. Antes de Srila Prabhupada apresentar o O Bhagavad- gita Como Ele É, o que chegava às livrarias eram traduções do Bhagavad-gita descompromissadas com a bhakti-yoga da Gaudiya Vaishnava de Caitanya Mahaprabhu. Leia o O Bhagavad- Gita Como Ele É e traga felicidade genuína para a sua vida!

A edição de Srila Prabhupada - O Bhagavad- Gita Como Ele É - pode ser encontrada em todas as lojas de Templos Hare Krishna no Brasil ou na internet, através do site da BBT:
www.bbt.org.br ou www.sankirtana.com.br

Fontes: ISKCON Bahia
.

Compartilhar
Leia Mais ››

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dina Sharana Dasi torna-se a 2ª Mulher membro do GBC


Neste ano no encontro anual da Comissão do Corpo Governamental, a autoridade administrativa máxima da ISKCON, em Mayapur, Índia, a discípula alemã de Prabhupada Dina Sharana Dasi tornou-se nada menos do que a segunda mulher na história a aceitar a posição de membro GBC plenamente-eleito.

Seu caminho lá começa uma década atrás: Um dia, enquanto lavava panelas em sua cozinha, ela teve o que ele chama eingebung em alemão, uma espécie de visão inspiradora em sua mente, onde Srila Prabhupada lhe disse algo que mudaria sua vida.

Dina Sharana é cuidadosa ao explicar que a inspiração foi apenas em sua mente, não alguma visão mística, ela é muito prática, mulher com os pés no chão sem nenhuma influência da Nova Era sobre si e sem ilusões de avanços espiritual prematuro. Mas ela está certa de que as palavras que ouviu Srila Prabhupada dizer em sua mente eram para ser tomadas seriamente. Na tradição Vaishnava, palavras faladas pelo guru durante sonhos noturnos devem ser tomadas seriamente, então por quê estas deveriam ser diferentes?

"Estou preocupado em minha meditação, porque meu movimento na Alemanha está destruindo-se e ninguém está cuidando dele", disse Srila Prabhupada.

Naquele momento, Dina Sharana não estava certa do que ela poderia fazer sobre isto, do porque ela estava recebendo esta inspiração espiritual. Ela não estava envolvida em administração e ela não vivia nem mesmo perto de um templo.

[i] [...]

Por vários anos Dina Sharana cozinhou toda a prasadam para as reuniões, carregava as Deidades de carro anteriormente do templo de Wiesbaden para o local de adoração, e subia três andares e arrumava tudo.

Depois dos programas, eu limpava, levava as Deidades de carro e todo o equipamento de volta para casa e carregava-os escada acima para meu quarto, diz ela. Levava uma semana para colocar tudo no lugar normal novamente.

[i] [...]

Aproximadamente seis meses depois desta experiência Dina Sharana se viu convidada para os encontros do Conselho Nacional da ISKCON Alemã. Refletindo o estado do Yatra, os encontros foram controversos e improdutivos, construindo uma certa tensão do modo como eles iam. Desse modo Dina Sharana não pôde suportar mais e disse: "não podemos continuar deste jeito".

Ela falou intensamente, insistindo que seu programa mensal fosse classificado como um Templo, embora ele não tivesse um local permanente. Apesar de tudo, as Deidades originais estavam sob seus cuidados e um grupo de devotos estavam reunidos ao redor delas. Sentindo o entusiasmo dela crescer, ela continuou a falar expressando suas idéias e opiniões em outros tópicos.

Logo depois dos encontros ela foi eleita deputada da ISKCON Alemanha, embora a maioria dos membros do Conselho Nacional sequer a conhecessem. [i] [...]. Tínhamos mais de um milhão de Euros em dívidas, vários grupos Hindus tentavam comandar nossos templos e o Yatra inteiro estava se destruindo.

[i] [...]

Em 2005, com a determinação e confiança características, ela voou para Mayapur, a sede da ISKCON, e falou para o administrador: "eu quero falar com o GBC".

[i] [...]

Então através de alguns devotos que conhecia, eu cheguei no secretário e passo a passo eu fiz meu caminho para os encontros do GBC. O GBC deu a Dina Sharana vinte minutos para falar. Ela falou por mais de uma hora. Ela lhes disse com urgência quanta dificuldade a Alemanha passava, o quanto ela estava carente e como ninguém via isso. Ela apresentou-lhes um plano detalhado para tirar a ISKCON Alemanha desta bagunça que se encontrava.

[i] [...]

No caminho de saída de Dina Sharana, o GBC Húngaro Sivarama Swami a seguiu e lhe pediu para explicar seu plano para a Alemanha em mais detalhes. [i] [...]. Ele deu a ela uma doação de 5.000 euros. O corpo do GBC fez o mesmo lhe dando outros 5.000 euros do orçamento deles. Foi apenas uma gota no oceano do débito da Alemanha mas fez Dina Sharana sentir que o GBC tinha lhe escutado, que eles a estavam apoiando e tentando ajudar. Quando ela voltou para casa, havia trabalho a ser feito. Havia seis casos judiciais pendentes com mais de um milhão de euros que a ISKCON Alemanha devia a vários devotos que eram inimigos do Movimento como consequência dos fatos anteriores na Alemanha. Dina Sharana programou para contatar cada devoto pessoalmente pedindo-lhes para serem pacientes e prometendo que ela estaria prestes a fazer tudo para lhes pagar.

Ela convenceu então todos os presidentes de templo na Alemanha a seguir com seu plano e com a pequena quantia de ajuda financeira que eles pudessem dar continuaria com a campanha de arrecadação para pagar o débito. A primeira doação que consegui foi de uma senhora paupérrima, que comprometeu-se a dar a cada dois meses 2,50 euros pois ela estava muito inspirada pelo meu esforço embora não tivesse nada. Em retribuição, eu fiquei tão inspirada por ela que usando seu exemplo fui capaz de levantar 700.000 euros e liquidar quase todo nosso débito.

Para assegurar que nenhum novo débito ocorresse, Dina Sharana começou a reconstruir o sistema e logo se viu completamente envolvida na administração da ISKCON Alemanha em todos os níveis. Ela era praticamente o GBC atuante para o país.

Mas havia um problema. Dina Sharana era uma mulher.

Muitos dos homens não gostavam desta mulher vindo de lugar nenhum e tomando todas essas decisões e lhes dizendo o que fazer, ela diz. Não ajudou o fato de eu nem mesmo ter uma posição oficial. Pelos primeiros quatro ou cinco anos, houve muita politicagem contra mim e foi muito doloroso. Eu pensei que eu poderia ter um colapso nervoso. Eu decidi que não estava fazendo um favor a mim mesma nem para ninguém simplesmente fazendo o trabalho de um GBC sem ter essa posição. Eu pensei, se eu sou boa o bastante para fazer o trabalho, eu deveria ser boa o bastante para ter o título. Se eu não for boa o bastante para carregar o título, então alguém deveria fazer o trabalho.

Deixando o resultado para Krishna, Dina Sharana se inscreveu para candidata ao GBC. Ela foi votada com unanimidade e embora o processo normalmente dure dois anos primeiro: o pretendente se torna um candidato e então um assistente e então uma GBC atuante e finalmente um GBC plenamente eleito, Dina Sharana foi rapidamente promovida através disto já que ela tinha servido na capacidade de GBC por algum tempo. Em 2010 ela tornou-se um GBC atuante e em 2011 nos encontros do GBC em Mayapur ela foi indicada como uma GBC plenamente eleita para Alemanha, Áustria, Suíça e Lichenstein.

[i] [...]

Por ser apenas a segunda mulher na história a ser membro GBC plenamente eleito, Dina Sharana diz: "Sim, houve momentos alguns anos atrás em que eu era mais consciente que eu estava em um corpo de mulher do que em qualquer outro momento de minha vida. Mas eu não senti nenhuma resistência de forma alguma do GBC. Eu não acho que há somente duas mulheres no GBC porque os membros masculinos tem algo contra isto, é apenas porque não muitas mulheres fizeram o trabalho requerido para aquele tipo de posição antes. Estou convencida de que a pessoa que faz o trabalho consegue o trabalho independente do corpo." Ela acrescenta: "Não há a questão mulher/homem. Uma questão apenas surge se homens comportam-se como homens e mulheres comportam-se como mulheres, ao invés de transcenderem suas mentalidades e seus corpos e apenas serem servos de Krishna."

Ela acredita, entretanto, que membros GBC mulheres podem trazer vantagens positivas para a liderança da ISKCON. Nós somos mães, portanto nós temos um modo diferente de pensar e reagir, ela diz. Há certas coisas que os homens não vêem, ou que eles não sabem como lidar. Estou certa de que mulheres qualificadas podem ajudar a localizar muitas coisas que ocorreram de errado no passado da ISKCON e proverem valiosas dicas de como consertar estes problemas e evitar mais erros no futuro.

[i] [...]

Meu maior objetivo para o futuro como GBC e fazer o que eu puder para ajudar toda a liderança da ISKCON Alemanha a alcançar todo o seu potencial.

Leia a matéria original em inglês:
http://news.iskcon.com/node/3524/2011-03-26/dina_sharana_dasi_becomes_second_ever_female_gbc_member#ixzz1IIrzpXQM

Por Madhava Smullen para a ISKCON News em 25 de Março de 2011
Tradução e resumo: David Britto 06 de Abril de 2011
[i][...] Trechos retirados para resumir a tradução.

Fontes: fórum Krishna-Katha; ISKCON News( www.news.iskcon.com )
.

Compartilhar
Leia Mais ››

Aula de Dança Indiana(Bollywood Dance)

(Clique na imagem para ampliar)

Novas turmas de Bollywood nas Terças e Sábados às 17h00!

Terças:
-17h00 às 18h30; 19h30 às 20h30
Sábados:
-15h00 às 16h30
-17h00 às 18h30

Instrutora:
Citra dasi

Local:
Studio Rissmann de Pilates e Massoterapia
Rua Albino Silva, nº 135 - Bom Retiro - Curitiba/PR
Telefone: (45) 3233-7836
Site: www.rissmann.com.br

Fontes: ISKCON Curitiba Facebook


Compartilhar

.
Leia Mais ››

terça-feira, 5 de abril de 2011

Curso Sabores da Índia - Menu Completo Indiano em SP


Em São Paulo, no Sábado, 30 de abril de 2011, das 14h00 às 17h00, "Curso de Culinária Indiana", venha participar, faremos uma festa de sabores exóticos, aqui vai os pratos a serem saboreados e aprendidos:

- Nimbu Chaval (Arroz de Limão com castanhas)
- Batata Gouranga (Batatas Gratinadas ao creme e queijo)
- Pudim de Yogurte com calda de Framboesa
- Dhal de Ervilha (Sopa de Ervilha levemente apimentada)
- Kachoris ( pasteis indianos)
- Chutney de Hortelã.

Duração - 3 horas

Investimento - R$ 110

Para inscrever -se o aluno deve pagar uma taxa referente a metade do valor do curso e o restante em dinheiro no dia do evento. Caso o aluno desista, esta taxa de inscrição não será devolvida.

O número de participantes é de 10 pessoas, para reservar seu lugar envie um email confirmando sua presença para: arunacuisine@gmail.com

Aruna Cuisine - Comida Indiana feita com devoção - São Paulo/SP
Site: www.arunacuisine.com
Facebook: www.facebook.com/arunacuisine 
Telefone: (11) 2382-6628
Celular:  (11) 8164-3173

Fontes: Facebook Aruna devi
.

Compartilhar
Leia Mais ››

Curso Filosofia Védica com Lokasaksi Dasa em BH 2011

(Clique na imagem para ampliar)

No próximo Sábado, 09 de Abril de 2011, das 8h30 às 17h00 Lokasaksi Dasa estará presente no Curso de Filosofia Védica e Bhakti Sastri. O conteúdo ministrado será o "Upadesamrta" e "O Néctar da Instrução". O curso é aberto a todos. O valor será de R$25 para os não-matriculados com almoço incluso.

Lokasaksi prabhu estará ainda no Domingo, 10 de Abril de 2011, às 18h00, para o tradicional Festival de Domingo do Templo Hare Krishna que é aberto a todos também e gratuito.

Professor de Filosofia, Ética, Espiritualidade, Religião, Lokashakshi possui experiência de mais de 30 anos como administrador e conselheiro em Associações e Ongs religiosas, culturais e assistenciais. Exerce ainda a função de Curador e presidente da Fundação Bhaktivedanta - SP, dedicada à área editorial, meio ambiente e educação infantil. Obteve atuação intensa no Movimento Inter-religioso (ECO-92, ISER-RJ, URI, UERJ/Proeper-RJ, Centro João XXII-IBRADES, UNESCO/USP, UNISOES-SP, Fórum Espiritual das Nações Unidas para a Paz). Graduado em Filosofia pela UFJF e mestre em Ciência da Religião pela mesma faculdade.

Local:
Templo Hare Krishna / ISKCON BH
Rua Ametista, 262 – Prado
Belo Horizonte/MG
Telefone: (31) 3337-7645

Fontes: ISKCON BH Facebook
.
Leia Mais ››

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Novidade, Livro Raios de Harmonia


LANÇAMENTO DO LIVRO
RAIOS DE HARMONIA
INTRODUÇÃO VÉDICA
Extraído da revista em inglês - "The Rays of The Harmonist"
Impresso na Keshavaji Gaudiya Matha - BH

Valor de cada livro, doação, R$ 3,00 unidade. Para sankirtana(distribuição), acima de 50 unidades, R$2,00. Enviamos para todo o Brasil via Correios.

Contatos:
Templo Hare Krishna
Keshavaji Gaudiya Matha - BH
Site: keshavajigaudiyamathbh.blogspot.com
Rua Maranhão, 938 - Apto 1002
Bairro Funcionários - Belo Horizonte/MG
Fone: (31) 3225-9035 / Baladeva
E-mail: nabadvip@gmail.com
           krsnamantradas@hotmail.com

Fontes: Facebook; Keshavaji Gaudiya Math - BH
.
Leia Mais ››

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Foto Satélite da NASA e a Ponte do Ramayana


Imagens fotografadas do espaço pela NASA revelam uma misteriosa ponte milenar no estreito de Palk entre a Índia e Sri Lanka. A recém-descoberta ponte de Ramacandra atualmente chamada de ponte de Adão é constituída de uma cadeia de bancos de areia de 30 km de comprimento. A curvatura e composição singulares da ponte revelam que ela foi feita pelo homem.

Lendas e estudos arqueológicos revelam que os primeiros sinais de habitantes humanos em Sri Lanka datam de uma era primitiva, cerca de 1,75 milhões de anos, e a idade da ponte é também quase equivalente.

Esta informação é um aspecto crucial para uma compreensão da misteriosa lenda chamada Ramayana, que calcula ter ocorrido em Treta-yuga  (mais de 1,7 milhões de anos atrás). Nessa epopéia menciona-se uma ponte construída entre a Índia e a costa de Sri Lanka sob a supervisão do dinâmico e invencível Rei Rama(Ramacandra), que é aceito como uma encarnação do Deus Supremo. Isso talvez não seja de muita importância para os arqueólogos interessados em explorar as origens do homem, mas com certeza abrirá as portas espirituais para as pessoas do mundo inteiro terem acesso à antiga história da Índia.

O Srimad-Bhagavatam também conta a história sobre a construção desta ponte(SB - 1.3.22, 2.7.23-25, 5.19.1-8 e Nono Canto, capítulos 10 e 11). Esta coleção é encontrada na loja online Hare Krishna da BBT: www.sankirtana.com.br

Veja as fotos do Satélite da NASA tiradas em 2004:







No dia 12 de Abril de 2011 será comemorado o aparecimento de Rama com o Festival Rama Navami nos Templos Hare Krishna. Em Belo Horizonte o Festival iniciará às 18h30 no Templo da ISKCON-BH.

Quem é Rama?

É uma poderosa encarnação da Suprema Personalidade de Deus como um rei ideal. Por ordem de seu pai, Maharaja Dasaratha, o Senhor Ramachandra(Rama) morou na floresta de Dandakaranya durante quatorze anos, junto com sua esposa, Sita Devi, e seu irmão mais jovem, Laksmana. Depois que o poderoso demônio Ravana seqüestrou Sua esposa, o Senhor Ramachandra, com ajuda de Seu fiel servo Hanuman, recuperou-a e matou Ravana e seus exércitos. A história dos passatempos do Senhor Ramachandra é contada pelo sábio Valmiki no livro épico Ramayana.

Veja abaixo a foto de Laksmana(direita), Rama(centro) e Sita(esquerda):


Fontes: Rádio Hare Krishna; fórum Amigos de Krishna; Krishna.org; NASA
.

Compartilhar
Leia Mais ››